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22/03/2001
-
03h27
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, demitiu ontem o último aliado do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) em cargo estratégico no governo.
O presidente da Eletrobrás, Firmino Sampaio, aliado do senador baiano, foi trocado por Cláudio Ávila, que ocupava o cargo de presidente da Eletrosul e foi indicado pelo presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC).
Com a troca, o chamado "PFL do B", comandado por Bornhausen, fica com mais um posto carlista no governo, acirrando o racha interno no partido.
A demissão de Firmino Sampaio era esperada desde o dia 23 de fevereiro, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso exonerou Rodolpho Tourinho do ministério de Minas e Energia.
Tourinho também era indicação de ACM.
Firmino Sampaio esteve ontem em Brasília reunido com comercializadores de energia e, durante a tarde, teve audiência com o ministro José Jorge em que foi comunicado de sua demissão.
Promessas
Desde que assumiu o Ministério de Minas e Energia, no início do mês, José Jorge já demitiu três indicações políticas ligadas ao PLF carlista.
O primeiro a sair foi o secretário-executivo, Hélio Vítor Ramos Filho.
Ele foi substituído por Luiz Perazzo, indicação do próprio José Jorge.
Na terça-feira, o secretário de energia do ministério, Xisto Vieira, também indicação de Tourinho, foi demitido. No lugar dele, José Jorge nomeou um desafeto do ex-ministro: Afonso Henriques Moreira Santos, ex-diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O ministro ainda tem que decidir se o presidente de Furnas Centrais Elétricas, Luiz Carlos Santos, irá ou não permanecer no comando da estatal, que deverá ser privatizada até o final do primeiro trimestre do ano que vem.
A demissão de Firmino Sampaio foi adiada por mais de uma semana porque o governo temia, com sua saída, acirrar novamente os ânimos da bancada carlista, recentemente pacificada.
Membros do governo chegaram a defender sua manutenção, mas o próprio PFL do B pressionou pela demissão.
Previdência
Ontem, o ministro Roberto Brant (Previdência) confirmou a nomeação de Fernando Fontana para a presidência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no lugar de Crésio Rolim, outro carlista que deixou o governo.
Fontana foi indicado pelo governador do Paraná, Jayme Lerner, do PFL ligado a Bornhausen.
Aliado de ACM é demitido da Eletrobrás
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O ministro de Minas e Energia, José Jorge, demitiu ontem o último aliado do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) em cargo estratégico no governo.
O presidente da Eletrobrás, Firmino Sampaio, aliado do senador baiano, foi trocado por Cláudio Ávila, que ocupava o cargo de presidente da Eletrosul e foi indicado pelo presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC).
Com a troca, o chamado "PFL do B", comandado por Bornhausen, fica com mais um posto carlista no governo, acirrando o racha interno no partido.
A demissão de Firmino Sampaio era esperada desde o dia 23 de fevereiro, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso exonerou Rodolpho Tourinho do ministério de Minas e Energia.
Tourinho também era indicação de ACM.
Firmino Sampaio esteve ontem em Brasília reunido com comercializadores de energia e, durante a tarde, teve audiência com o ministro José Jorge em que foi comunicado de sua demissão.
Promessas
Desde que assumiu o Ministério de Minas e Energia, no início do mês, José Jorge já demitiu três indicações políticas ligadas ao PLF carlista.
O primeiro a sair foi o secretário-executivo, Hélio Vítor Ramos Filho.
Ele foi substituído por Luiz Perazzo, indicação do próprio José Jorge.
Na terça-feira, o secretário de energia do ministério, Xisto Vieira, também indicação de Tourinho, foi demitido. No lugar dele, José Jorge nomeou um desafeto do ex-ministro: Afonso Henriques Moreira Santos, ex-diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O ministro ainda tem que decidir se o presidente de Furnas Centrais Elétricas, Luiz Carlos Santos, irá ou não permanecer no comando da estatal, que deverá ser privatizada até o final do primeiro trimestre do ano que vem.
A demissão de Firmino Sampaio foi adiada por mais de uma semana porque o governo temia, com sua saída, acirrar novamente os ânimos da bancada carlista, recentemente pacificada.
Membros do governo chegaram a defender sua manutenção, mas o próprio PFL do B pressionou pela demissão.
Previdência
Ontem, o ministro Roberto Brant (Previdência) confirmou a nomeação de Fernando Fontana para a presidência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no lugar de Crésio Rolim, outro carlista que deixou o governo.
Fontana foi indicado pelo governador do Paraná, Jayme Lerner, do PFL ligado a Bornhausen.
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