Publicidade
Publicidade
23/03/2001
-
19h07
MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo
O presidente de honra do PT, Luís Inácio Lula da Silva, disse hoje, no Rio, que o presidente Fernando Henrique Cardoso está sendo inconsequente ao tentar impedir a instalação de uma CPI no Congresso para apurar denúncias de corrupção. Para ele, isso vai desgastar ainda mais a imagem do governo.
"Em vez de dificultar a CPI, o governo deveria facilitar a apuração das denúncias, pois só assim poderá se colocar como inocente diante dos olhos da sociedade", disse Lula.
Ele afirmou que a CPI tem que funcionar como uma "rede de pesca" para apurar um "cardume de denúncias, principalmente as mais graves".
"Um presidente da República não pode aparecer em público e impedir uma CPI como está fazendo o Fernando Henrique, até porque não é apenas uma denúncia, são muitas", afirmou.
Lula não concorda com o argumento de FHC de que a CPI vai paralisar politicamente o pais. Segundo ele, o Poder Executivo e o Congresso não têm que interromper seus trabalhos por causa da CPI.
"O governo vai continuar com suas reuniões. O Banco do Brasil vai continuar fazendo seus empréstimos. A CPI não vai atrapalhar nada. A única coisa que atrapalha é o medo do governo de que essas denúncias venham à tona."
Sobre a assinatura do presidente do Senado, Jader Barbalho, no requerimento da CPI, Lula disse que foi um ato de consciência política e não uma questão sentimental.
Para Lula, é importante que todos os parlamentares que assinarem o requerimento tenham essa convicção, "porque um país do tamanho do Brasil não pode ficar subordinado a denúncias de corrupção".
Lula disse que ainda é cedo para afirmar se será, pela quarta vez, candidato à Presidência da República. Ele afirmou acreditar que a base aliada do governo encontrará dificuldades para escolher um nome de consenso.
"O PMDB já anunciou que quer uma candidatura própria. O PFL também alimenta esse sonho. Não acredito que o PSDB tenha condições de aguentar uma nova campanha presidencial. Enquanto isso, a centro-esquerda já tem especulado pelo menos quatro nomes: eu, Itamar Franco, Ciro Gomes e Garotinho", disse.
O presidente nacional do PT, José Dirceu, anunciou que a discussão em torno do candidato do partido à Presidência vai começar em junho. Uma prévia deverá ser realizada em outubro. "Nossa prioridade no momento é a CPI. Não vamos escolher candidato agora", disse.
"FHC está sendo inconsequente ao impedir CPI", afirma Lula
Publicidade
da Folha de S.Paulo
O presidente de honra do PT, Luís Inácio Lula da Silva, disse hoje, no Rio, que o presidente Fernando Henrique Cardoso está sendo inconsequente ao tentar impedir a instalação de uma CPI no Congresso para apurar denúncias de corrupção. Para ele, isso vai desgastar ainda mais a imagem do governo.
"Em vez de dificultar a CPI, o governo deveria facilitar a apuração das denúncias, pois só assim poderá se colocar como inocente diante dos olhos da sociedade", disse Lula.
Ele afirmou que a CPI tem que funcionar como uma "rede de pesca" para apurar um "cardume de denúncias, principalmente as mais graves".
"Um presidente da República não pode aparecer em público e impedir uma CPI como está fazendo o Fernando Henrique, até porque não é apenas uma denúncia, são muitas", afirmou.
Lula não concorda com o argumento de FHC de que a CPI vai paralisar politicamente o pais. Segundo ele, o Poder Executivo e o Congresso não têm que interromper seus trabalhos por causa da CPI.
"O governo vai continuar com suas reuniões. O Banco do Brasil vai continuar fazendo seus empréstimos. A CPI não vai atrapalhar nada. A única coisa que atrapalha é o medo do governo de que essas denúncias venham à tona."
Sobre a assinatura do presidente do Senado, Jader Barbalho, no requerimento da CPI, Lula disse que foi um ato de consciência política e não uma questão sentimental.
Para Lula, é importante que todos os parlamentares que assinarem o requerimento tenham essa convicção, "porque um país do tamanho do Brasil não pode ficar subordinado a denúncias de corrupção".
Lula disse que ainda é cedo para afirmar se será, pela quarta vez, candidato à Presidência da República. Ele afirmou acreditar que a base aliada do governo encontrará dificuldades para escolher um nome de consenso.
"O PMDB já anunciou que quer uma candidatura própria. O PFL também alimenta esse sonho. Não acredito que o PSDB tenha condições de aguentar uma nova campanha presidencial. Enquanto isso, a centro-esquerda já tem especulado pelo menos quatro nomes: eu, Itamar Franco, Ciro Gomes e Garotinho", disse.
O presidente nacional do PT, José Dirceu, anunciou que a discussão em torno do candidato do partido à Presidência vai começar em junho. Uma prévia deverá ser realizada em outubro. "Nossa prioridade no momento é a CPI. Não vamos escolher candidato agora", disse.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice