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28/03/2001
-
17h18
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
A bancada do bloco PL/PSL na Câmara decidiu adiar para a próxima semana a definição sobre apoiar ou não a CPI da corrupção. O líder do bloco, deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP) afirmou que o bloco só tomará uma decisão quando todos os 20 deputados ( 5 do PSL e 15 do PL) "caminharem na mesma direção".
Ele informou que oito deputados do bloco são favoráveis à CPI (comissão parlamentar de inquérito), seis estão contra e outros seis estão indefinidos.
"Nós não temos decisão porque os deputados preferiram conversar com suas bases antes. A bancada vai caminhar em conjunto. Nós vamos ter 18 votos sim, ou 18 votos não", disse Costa Neto, que apesar da afirmação de hoje, já assinou o requerimento.
O deputado disse que se já soubesse que a posição do partido seria de um posicionamento em bloco, ele não teria assinado o requerimento. Costa Neto reiterou, no entanto, que não vai retirar a assinatura, assim como os outros dois deputados do PL que já apoiaram a CPI: Eujácio Simões (BA) e o bispo Rodrigues (RJ).
Costa Neto negou que o governo tenha oferecido um ministério ao partido em troca do não apoio à CPI. "Não é verdade, o PL não quer participação no governo e isso (apoio à CPI) não foi discutido ontem com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Se os deputados do partido entenderem que querem participar do governo, eles têm esta liberdade. Nós nunca fechamos a questão para nada", disse ele.
Segundo o deputado, no encontro de ontem com presidente foi discutido o reajuste do FGTS; "a visita não teve nada a ver com a CPI e o presidente não tocou no assunto".
O deputado considera difícil que a CPI seja aprovada. Segundo ele, o governo Fernando Henrique Cardoso já está no poder há seis anos e nunca uma CPI contrária ao governo foi instalada até hoje. "Nem mesmo na época da reeleição, que era um assunto delicado."
Um dos pontos que está dificultando o apoio do PL à CPI é que o partido não teria direito a indicar um parlamentar para a comissão. O líder do bloco não vê possibilidades de partidos da oposição cederem uma vaga ao PL/PSL.
Leia mais sobre a crise no governo
Bancada do bloco PL/PSL adia decisão sobre apoio à CPI
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da Folha Online, em Brasília
A bancada do bloco PL/PSL na Câmara decidiu adiar para a próxima semana a definição sobre apoiar ou não a CPI da corrupção. O líder do bloco, deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP) afirmou que o bloco só tomará uma decisão quando todos os 20 deputados ( 5 do PSL e 15 do PL) "caminharem na mesma direção".
Ele informou que oito deputados do bloco são favoráveis à CPI (comissão parlamentar de inquérito), seis estão contra e outros seis estão indefinidos.
"Nós não temos decisão porque os deputados preferiram conversar com suas bases antes. A bancada vai caminhar em conjunto. Nós vamos ter 18 votos sim, ou 18 votos não", disse Costa Neto, que apesar da afirmação de hoje, já assinou o requerimento.
O deputado disse que se já soubesse que a posição do partido seria de um posicionamento em bloco, ele não teria assinado o requerimento. Costa Neto reiterou, no entanto, que não vai retirar a assinatura, assim como os outros dois deputados do PL que já apoiaram a CPI: Eujácio Simões (BA) e o bispo Rodrigues (RJ).
Costa Neto negou que o governo tenha oferecido um ministério ao partido em troca do não apoio à CPI. "Não é verdade, o PL não quer participação no governo e isso (apoio à CPI) não foi discutido ontem com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Se os deputados do partido entenderem que querem participar do governo, eles têm esta liberdade. Nós nunca fechamos a questão para nada", disse ele.
Segundo o deputado, no encontro de ontem com presidente foi discutido o reajuste do FGTS; "a visita não teve nada a ver com a CPI e o presidente não tocou no assunto".
O deputado considera difícil que a CPI seja aprovada. Segundo ele, o governo Fernando Henrique Cardoso já está no poder há seis anos e nunca uma CPI contrária ao governo foi instalada até hoje. "Nem mesmo na época da reeleição, que era um assunto delicado."
Um dos pontos que está dificultando o apoio do PL à CPI é que o partido não teria direito a indicar um parlamentar para a comissão. O líder do bloco não vê possibilidades de partidos da oposição cederem uma vaga ao PL/PSL.
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