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12/05/2001
-
03h29
ROBERTO COSSO
da Folha de S.Paulo
As peças publicitárias feitas pelo marqueteiro Duda Mendonça para a companha contra a corrupção que o PT inicia nos próximos dias mostra ratos como se fossem corruptos, com falas utilizadas por parlamentares governistas.
Ontem, os petistas apresentaram à imprensa duas das sete peças elaboradas por Mendonça, que foi responsável pelas campanhas eleitorais do ex-prefeito Paulo Maluf entre 1990 e 1998.
No primeiro anúncio, de 30 segundos, ratos saem da toca e começam a falar. Dizem frases como "essa empresa não é minha", "esse sujeito nunca foi meu sócio" e "não conheço essa pessoa", enquanto uma voz feminina pergunta "como o senhor explica esse dinheiro?". O anúncio termina com uma ratoeira, que tem a estrela do partido estampada.
No segundo anúncio, de um minuto, não há palavras. Os ratos saem de sua toca e começam a roer a bandeira nacional. Depois, com as patas e dentes, carregam a bandeira, já esburacada, para dentro da toca.
As duas peças acabam com o slogan da campanha: "Ou a gente acaba com eles ou eles acabam com o Brasil". Em seguida, é exibido o logotipo da campanha: "Xô corrupção. Uma campanha do PT e do povo brasileiro".
O material da campanha petista inclui diversos tipos de adesivos e até gravatas com a inscrição "xô corrupção".
As peças publicitárias serão apresentadas nas inserções gratuitas na televisão, às quais o PT tem direito. As datas de início da exibição variam de Estado para Estado. O primeiro a recebê-las é Minas Gerais, a partir do próximo dia 14. Em São Paulo, as apresentações começam no dia 28.
Segundo o presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP), o custo da campanha foi de R$ 280 mil, excluídas as despesas com a produção de material gráfico, que não foram divulgadas.
Ele afirmou que o PT não vai "deixar a CPI de lado", apesar da derrota sofrida pela oposição na última quinta-feira, quando deputados governistas retiraram suas assinaturas do pedido de instalação da comissão de inquérito e ele acabou arquivado.
O líder do PT na Câmara do Deputados, Walter Pinheiro (BA), nega que o governo tenha obtido uma vitória com o arquivamento da CPI. "Se o governo teve alguma vitória, foi um troféu de lama".
Ele mostra uma suposta contradição no comportamento do governo, que teria se mobilizado mais para barrar a CPI da corrupção do que para evitar o racionamento de energia elétrica. "O governo afirma que a CPI paralisaria a economia, mas a crise energética vai paralisar o país inteiro".
O objetivo do PT com a campanha é associar a imagem do governo federal à corrupção. O partido pretende realizar manifestações populares em todo o país, com atos de repúdio à atitude do governo, que lutou pelo arquivamento da CPI. Está sendo discutida a realização de uma grande marcha em Brasília no segundo semestre deste ano.
Segundo Pinheiro, os governistas "vão conviver com a marca da corrupção até o primeiro domingo de outubro de 2002", quando será realizado o primeiro turno das eleições presidenciais.
O líder dos petistas quer transformar as votações de CPI até as eleições em atividades contra o governo federal. Segundo ele, os próximos requerimentos de CPI a serem votados pedem apurações de supostas irregularidades no Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) e no Proer (programa de socorro aos bancos privados).
Na TV, PT compara governistas a ratos
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da Folha de S.Paulo
As peças publicitárias feitas pelo marqueteiro Duda Mendonça para a companha contra a corrupção que o PT inicia nos próximos dias mostra ratos como se fossem corruptos, com falas utilizadas por parlamentares governistas.
Ontem, os petistas apresentaram à imprensa duas das sete peças elaboradas por Mendonça, que foi responsável pelas campanhas eleitorais do ex-prefeito Paulo Maluf entre 1990 e 1998.
No primeiro anúncio, de 30 segundos, ratos saem da toca e começam a falar. Dizem frases como "essa empresa não é minha", "esse sujeito nunca foi meu sócio" e "não conheço essa pessoa", enquanto uma voz feminina pergunta "como o senhor explica esse dinheiro?". O anúncio termina com uma ratoeira, que tem a estrela do partido estampada.
No segundo anúncio, de um minuto, não há palavras. Os ratos saem de sua toca e começam a roer a bandeira nacional. Depois, com as patas e dentes, carregam a bandeira, já esburacada, para dentro da toca.
As duas peças acabam com o slogan da campanha: "Ou a gente acaba com eles ou eles acabam com o Brasil". Em seguida, é exibido o logotipo da campanha: "Xô corrupção. Uma campanha do PT e do povo brasileiro".
O material da campanha petista inclui diversos tipos de adesivos e até gravatas com a inscrição "xô corrupção".
As peças publicitárias serão apresentadas nas inserções gratuitas na televisão, às quais o PT tem direito. As datas de início da exibição variam de Estado para Estado. O primeiro a recebê-las é Minas Gerais, a partir do próximo dia 14. Em São Paulo, as apresentações começam no dia 28.
Segundo o presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP), o custo da campanha foi de R$ 280 mil, excluídas as despesas com a produção de material gráfico, que não foram divulgadas.
Ele afirmou que o PT não vai "deixar a CPI de lado", apesar da derrota sofrida pela oposição na última quinta-feira, quando deputados governistas retiraram suas assinaturas do pedido de instalação da comissão de inquérito e ele acabou arquivado.
O líder do PT na Câmara do Deputados, Walter Pinheiro (BA), nega que o governo tenha obtido uma vitória com o arquivamento da CPI. "Se o governo teve alguma vitória, foi um troféu de lama".
Ele mostra uma suposta contradição no comportamento do governo, que teria se mobilizado mais para barrar a CPI da corrupção do que para evitar o racionamento de energia elétrica. "O governo afirma que a CPI paralisaria a economia, mas a crise energética vai paralisar o país inteiro".
O objetivo do PT com a campanha é associar a imagem do governo federal à corrupção. O partido pretende realizar manifestações populares em todo o país, com atos de repúdio à atitude do governo, que lutou pelo arquivamento da CPI. Está sendo discutida a realização de uma grande marcha em Brasília no segundo semestre deste ano.
Segundo Pinheiro, os governistas "vão conviver com a marca da corrupção até o primeiro domingo de outubro de 2002", quando será realizado o primeiro turno das eleições presidenciais.
O líder dos petistas quer transformar as votações de CPI até as eleições em atividades contra o governo federal. Segundo ele, os próximos requerimentos de CPI a serem votados pedem apurações de supostas irregularidades no Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) e no Proer (programa de socorro aos bancos privados).
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