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13/05/2001 - 17h24

ACM critica proposta de CPI e "fecha o corpo" em Salvador

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LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

A proposta da oposição de instalar a CPI da corrupção apenas no Senado não terá o apoio de pelo menos dois senadores baianos que assinaram o requerimento anterior, arquivado depois da operação abafa coordenada pela presidente Fernando Henrique: os pefelistas Antonio Carlos Magalhães e Waldeck Ornélas.

No final da manhã de hoje, após ser homenageado pela Federação Baiana do Culto Afro, ACM ironizou a proposta oposicionista. "Agora, eu acho muito engraçado apoiar uma CPI de parlamentares que querem a minha cassação."

Ornélas tem a mesma opinião. "O momento agora é outro. Temos de dar um crédito de confiança ao governo, que criou uma corregedoria para investigar as denúncias de corrupção. A oposição quer apenas fazer política provinciana."

No prédio da federação _identidade que congrega os 5.800 terreiros de candomblé da Bahia, com sede localizada no centro histórico de Salvador_, ACM lembrou dos 113 anos da assinatura da Lei Áurea (que, em 1888, determinou o fim da escravidão no Brasil) para atacar "as elites".

"Hoje faz 113 anos que os escravos ganharam a liberdade, mas os pobres do Brasil ainda continuam escravos dos poderosos", afirmou.

Com um colar azul e branco no pescoço _cores do mais tradicional afoxé no Brasil, o Filhos de Gandhi_, ACM ouviu cantigas afros ao som de atabaques, ao lado de baianas vestidas a caráter.

No final, querendo demonstrar que está com o "corpo fechado", ACM seguiu à risca os rituais oferecidos pelos pais-de-santo. Primeiro, as baianas cantaram, dançaram e, em seguida, seguraram pombas brancas ao lado da cabeça do pefelista. Depois, ACM foi até a sacada da federação e soltou duas pombas.

 

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