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21/05/2001 - 01h10

Telmo nega contato com Savatore Cacciola

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da Folha de S.Paulo

O ex-funcionário da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Telmílson de Resende, o Telmo, processado como um dos autores do grampo no BNDES, em 1998, disse ontem que nunca manteve contato com o banqueiro Salvatore Cacciola, ex-dono do banco Marka.

"Só vi o Cacciola na capa da 'Veja'", disse Resende que, segundo reportagem da última edição da revista, é suspeito de ter sido contratado pelo banqueiro para instalar grampos em celulares que Luiz Augusto Bragança, ex-consultor de Cacciola, teria usado para receber do ex-presidente e ex-diretor de Política Monetária do Banco Central Francisco Lopes informações privilegiadas.

Resende, que mora na zona oeste do Rio, disse ainda que nunca trabalhou para a Warranty Security, firma de arapongagem que teria sido contratada por Cacciola. "Podem consultar os dados para ver que eu nunca trabalhei lá. Agora eu sou culpado de tudo, do grampo da Ambev, do Jaime Lerner e até mesmo do apagão."

Telmo afirmou que seu nome foi envolvido no caso Marka por Célio Arêas Rocha, ex-policial federal, que o acusou no caso do grampo do BNDES, durante a privatização da Telebrás.

O economista Francisco Lopes não foi encontrado ontem em sua casa no Rio. No sábado, ele negou que tenha sido chantageado por Cacciola quando ocupava a presidência do Banco Central, em 1999. "Ele (o autor da reportagem de "Veja') disse que tem uma fita. Então, porque não transcreve a fita? Eu quero ouvir essa porcaria de fita, estou interessado."

Regina Lúcia Bittencourt, ex-namorada de Luiz Augusto Bragança, disse ontem não se lembrar de mais nada além do que já foi revelado por ela em depoimentos à Polícia Federal.

Questionada sobre a existência de gravações que teriam sido usadas por Salvatore Cacciola para chantagear Francisco Lopes, Luiz Bragança e o economista Rubem Novaes (outro suposto participante, segundo "Veja"), afirmou: "Não lembro de mais nada".

Em depoimento à PF, no ano passado, Regina Lúcia disse que, em 1998 e 1999, estranhou os sinais de enriquecimento rápido do então namorado. Ela citou faxes que teria recebido de Bragança durante uma viagem à Itália.

"Estou ficando rico ou, pelo menos, bem-encaminhado", diz um trecho. "Nada na vida é gratuito. Perdi a viagem com você, em compensação, estou tendo ganhos materiais substanciais."

O advogado de Luiz Bragança, João Castellar, não quis comentar as acusações da revista. "Repórter não é policial nem do Ministério Público. A imprensa não faz parte do Poder Judiciário. Sou advogado. Falo nos autos do processo."
 

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