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20/06/2001 - 03h19

PMDB protege Jader, mas cobra explicações

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

O PMDB tomou ontem duas medidas para impedir a investigação de acusações contra o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), pelos próprios senadores. Mas hoje a bancada do partido no Senado se reunirá com o senador paraense para ouvir explicações sobre as denúncias feitas contra ele, que têm causado constrangimento ao partido e desgaste à imagem da Casa.

"Não dá para julgar [Jader" sem fatos, só com sussurros. Havendo fato concreto, paciência. Se não há, não podemos permitir prejulgamento", disse o líder da bancada, Renan Calheiros (AL).

Em uma medida de proteção a Jader, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), presidente da CFC (Comissão de Fiscalização e Controle), indeferiu o requerimento para que o auditor fiscal do Banco Central Abrahão Patruni Júnior seja convidado a depor.

Patruni assina o relatório do BC que aponta Jader e familiares como beneficiários de desvio de recursos do Banpará (Banco do Estado do Pará) durante gestão sua como governador. Por meio da imprensa, ele manifestou disposição de falar no Senado sobre seu relatório. "Ele é um cidadão que quer depor e estamos dando essa oportunidade a ele", afirmou o senador Paulo Hartung (PPS-ES), que assina o requerimento com Heloísa Helena (PT-AL).

Suassuna alega que os recursos desviados do Banpará eram estaduais e por isso o caso estaria fora do âmbito da comissão. Na reunião de hoje da CFC, a senadora petista vai recorrer contra a decisão de Suassuna.

Outra iniciativa que barra investigações contra Jader foi tomada pelo presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, Ramez Tebet (PMDB-MS), que hoje toma posse como ministro da Integração Nacional.

Tebet indeferiu o pedido da oposição para que o conselho remetesse ao plenário pedido de rastreamento do cheque pago ao empresário Vicente de Paula Pedrosa da Silva por Vera Arantes Campos e seu marido, o ex-banqueiro Serafim Rodrigues de Moraes, pela negociação de TDAs (Títulos da Dívida Agrária).

O requerimento da oposição se baseia na nova lei do sigilo bancário, que permite ao plenário ter acesso a informações protegidas por sigilo bancário, se houver aprovação de maioria absoluta dos seus membros.

Ontem, pelo segundo dia consecutivo, a assessoria de Jader divulgou boletim "Notícia de hoje sobre o senador Jader Barbalho" com explicações sobre acusações contra ele. O senador encaminhou ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, ofício cobrando pressa no rastreamento das contas de Vicente Pedrosa "face às reiteradas leviandades que permeiam o noticiário".
 

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