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22/06/2001
-
07h40
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O empresário do setor têxtil e senador mineiro José Alencar Gomes da Silva (PMDB), 69, admitiu que pode ser o vice do petista Luiz Inácio Lula da Silva na sucessão de 2002. Ele deve deixar o PMDB em breve, mas sua filiação ao PT ainda é uma incógnita.
Ao participar ontem da reunião da Frente Nacional de Prefeitos, em Belo Horizonte, Alencar disse que "estará junto" com o prefeito da capital mineira, Célio de Castro (sem partido), em 2002. Indagado se isso significaria que ele pode vir a ser vice de Lula, disse:
"Não posso dizer em nenhum momento que me furtarei a um chamamento convincente, em nome de um projeto maior para o Brasil, mas de maneira nenhuma colocarei meu nome como condição para minha participação nesse processo".
O presidenciável do PPS, Ciro Gomes (CE), e o senador Pedro Simon (RS), um dos pré-candidatos do PMDB, também têm tentado atrair Alencar para suas possíveis chapas. Mas Alencar não esconde sua proximidade do PT.
O círculo se fecha com o que disse Lula no dia 6, após visita a Célio: "Em qualquer partido que ele esteja, o seu projeto político [para 2002" será junto com o PT".
Há uma semana, Célio e Alencar se encontraram para almoço de cinco horas na sede do Grupo Coteminas, do senador mineiro. Ali selaram a aliança. Embora Alencar seja cotado para a chapa com Lula, não está descartada a hipótese de ele disputar o governo de Minas, com o apoio do PT.
O PT mineiro é unânime em defender Célio para disputar o governo do Estado, mas poderia também apoiar Alencar.
O senador e o prefeito consideram que para defender um projeto amplo de mudanças é preciso agregar apoios. E isso seria mais limitado se ambos estiverem no PT. Num partido de centro-esquerda, a adesão seria maior.
Outros partidos que poderiam ser essa opção estão com os espaços
ocupados. O PPS tem Ciro. O PSB tem o governador Anthony Garotinho (RJ).
Assim, o PT passa a ser considerado por eles, mesmo sem ser o mais desejado.
Alencar tem até 4 de outubro para se filiar a um novo partido. "Há um tempo para cada coisa. Ainda estou no PMDB. Tudo pode acontecer", disse.
O presidente do PT, José Dirceu, disse, por sua assessoria, que tem conversado com Alencar sobre a possibilidade de uma aliança eleitoral em 2002. Outras pessoas também foram contatadas. O senador, segundo Dirceu, já expressou a ele o que declarou ontem.
Senador do PMDB admite ser vice de Lula
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
O empresário do setor têxtil e senador mineiro José Alencar Gomes da Silva (PMDB), 69, admitiu que pode ser o vice do petista Luiz Inácio Lula da Silva na sucessão de 2002. Ele deve deixar o PMDB em breve, mas sua filiação ao PT ainda é uma incógnita.
Ao participar ontem da reunião da Frente Nacional de Prefeitos, em Belo Horizonte, Alencar disse que "estará junto" com o prefeito da capital mineira, Célio de Castro (sem partido), em 2002. Indagado se isso significaria que ele pode vir a ser vice de Lula, disse:
"Não posso dizer em nenhum momento que me furtarei a um chamamento convincente, em nome de um projeto maior para o Brasil, mas de maneira nenhuma colocarei meu nome como condição para minha participação nesse processo".
O presidenciável do PPS, Ciro Gomes (CE), e o senador Pedro Simon (RS), um dos pré-candidatos do PMDB, também têm tentado atrair Alencar para suas possíveis chapas. Mas Alencar não esconde sua proximidade do PT.
O círculo se fecha com o que disse Lula no dia 6, após visita a Célio: "Em qualquer partido que ele esteja, o seu projeto político [para 2002" será junto com o PT".
Há uma semana, Célio e Alencar se encontraram para almoço de cinco horas na sede do Grupo Coteminas, do senador mineiro. Ali selaram a aliança. Embora Alencar seja cotado para a chapa com Lula, não está descartada a hipótese de ele disputar o governo de Minas, com o apoio do PT.
O PT mineiro é unânime em defender Célio para disputar o governo do Estado, mas poderia também apoiar Alencar.
O senador e o prefeito consideram que para defender um projeto amplo de mudanças é preciso agregar apoios. E isso seria mais limitado se ambos estiverem no PT. Num partido de centro-esquerda, a adesão seria maior.
Outros partidos que poderiam ser essa opção estão com os espaços
ocupados. O PPS tem Ciro. O PSB tem o governador Anthony Garotinho (RJ).
Assim, o PT passa a ser considerado por eles, mesmo sem ser o mais desejado.
Alencar tem até 4 de outubro para se filiar a um novo partido. "Há um tempo para cada coisa. Ainda estou no PMDB. Tudo pode acontecer", disse.
O presidente do PT, José Dirceu, disse, por sua assessoria, que tem conversado com Alencar sobre a possibilidade de uma aliança eleitoral em 2002. Outras pessoas também foram contatadas. O senador, segundo Dirceu, já expressou a ele o que declarou ontem.
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