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21/07/2001 - 03h03

Presidente interino do Senado tem vida polêmica

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

O senador Edison Lobão (PFL-MA), 64, que ocupará interinamente a presidência do Senado, tem uma carreira polêmica, mas diz que todas as acusações contra ele são "velhas e falsas". Começou sua vida pública em 1978, eleito deputado federal pela Arena, com 56.236 votos.

Malufista - Em 1982, foi reeleito pelo PDS, com 90.323 votos. Votou em Paulo Maluf para presidente em 1985. Depois entrou no PFL, elegendo-se senador em 1986 com 372.275 votos.

Acusação - Em 1988, foi acusado de ter votado duas vezes no lugar do deputado Sarney Filho (PFL-MA), ausente do plenário, na sessão do Congresso constituinte de 9 de fevereiro. O caso foi arquivado por falta de provas. Lobão disse que foi inocentado no inquérito e que seu acusador se retratou publicamente.

Silvio Santos - Em 1989, Lobão foi um dos articuladores da fracassada candidatura de Silvio Santos à Presidência, cassada pelo TSE. Após a decisão, acabou apoiando Fernando Collor.

Governador - Em 1990, foi lançado candidato a governador pelo PFL. No segundo turno, derrotou João Castelo (PRN), obtendo 695.727 votos (53,9%).

Empréstimo - Em agosto de 1992, obteve um empréstimo de Cr$ 330 milhões do Banco do Brasil para a Destilaria Caiman, da qual era sócio. Ela não podia receber financiamentos, pois não havia quitado um empréstimo de Cr$ 104 bilhões com o BB. Collor buscava então apoio para barrar um impeachment. Lobão disse que não tem dívidas com o BB: "Não devo um centavo ao Banco do Brasil, nem cartão de crédito nem cheque especial".

Anões - Em 1993, o economista José Carlos Alves dos Santos acusou Lobão de ter negociado a liberação de verbas na casa do então deputado João Alves (PPR-BA), que liderava o esquema dos "anões do Orçamento". Em depoimento à CPI do Orçamento, em 1994, Lobão confirmou os encontros com Alves, mas disse que só foi pedir ajuda para seu Estado. Interrogado sobre sua movimentação bancária em 1989 (US$ 600 mil, valor incompatível com seus rendimentos), não soube explicar o fato: "Muitos estão sendo submetidos a um trucidamento moral, como é o nosso caso", disse na época.
Ontem, afirmou que o Ministério Público não levou à frente o pedido de investigações contra ele feito pela CPI: "O Ministério Público deu andamento aos pedidos que considerou procedentes. Como o meu não teve continuidade entendo que não encontraram nada contra mim".

Gráfica - Em 1994, foi acusado de usar a Gráfica do Senado para imprimir propaganda eleitoral. Lobão negou qualquer irregularidade: "Eu não sou senador, eu não sou deputado. Eu não pedi absolutamente nada para a gráfica". Deixou o governo em abril de 1994 e em outubro foi eleito senador com 575.984 votos.

Pensão vitalícia - Após deixar o Executivo, passou a receber pensão vitalícia do Estado de R$ 9.622,92, reduzida depois por Roseana Sarney a cerca de R$ 5.000. Recebe ainda aposentadoria como servidor (R$ 1.600).

Destilaria - Em 1995, a Destilaria Caiman foi acusada de não pagar salários aos seus empregados. Lobão alegou que era apenas um acionista minoritário e que tais irregularidades existiam "em todas as outras destilarias".

Fax - Em junho de 1997, seu gabinete enviou por engano um fax destinado ao presidente da Vasp ao jornal "O Tempo", no qual pedia um desconto de 50% em 57 passagens aéreas para reunir a família em Brasília. Ontem, Lobão disse que a Vasp deu o desconto padrão a quem compra muitos bilhetes. "A companhia não me fez nenhum favor".
 

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