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22/09/2001
-
03h13
FABIANO MAISONNAVE
da Agência Folha, em Campo Grande
Recebido com pompa em sua terra natal, o presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), 64, disse ontem em Campo Grande que não teme se tornar a "bola da vez" e ser alvo de denúncias semelhantes às que atingiram seus antecessores Jader Barbalho (PMDB-PA) e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
"Eu sei que estão com a metralhadora engatilhada contra mim, mas não temo nada", disse Tebet em entrevista coletiva.
A eleição de Tebet anteontem rachou o PMDB e desagradou o PFL, que o considera um dos principais responsáveis pela renúncia do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Aliados de ACM dizem que ele teria um dossiê com denúncias contra Tebet, a quem apelidou de "rábula do Pantanal".
Articulada pelo Planalto, a escolha de Tebet como candidato do PMDB só obteve 12 votos na bancada peemedebista. No plenário, o PFL e a oposição foram responsáveis por 31 votos em branco e 3 nulos, indicando que a crise no Senado ainda está longe do fim. Com apoio do PSDB, Tebet recebeu 41 votos, conseguindo a maioria absoluta.
Após presidir o Conselho de Ética do Senado durante as investigações sobre a violação do painel eletrônico, o senador sul-mato-grossense ganhou notoriedade e virou ministro da Integração Nacional em junho.
A chegada de Tebet levou cerca de 400 pessoas ao pequeno aeroporto de Campo Grande, a maioria peemedebistas liderados pelo prefeito da cidade André Puccinelli. O estacionamento ficou lotado. Após quase duas horas de atraso, a chegada do avião de Tebet, às 15h30, levou diversas pessoas a invadir a pista do aeroporto. No percurso até o saguão, correligionários mais entusiasmados gritavam: "Ramez para presidente do Brasil".
Na rápida entrevista coletiva, concedida ao lado do senador gaúcho Pedro Simon (PMDB), Tebet disse que defenderá candidatura própria e que Simon é um "ótimo candidato". Ele afirmou que "com certeza" tentará a reeleição ao Senado em 2002.
Depois da entrevista, Tebet deu a palavra a Simon, caminhando por cima
das poltronas que circundavam a pequena sala, lotada de repórteres.
Questionado se apoiaria um candidato pró-FHC ou PT num eventual segundo turno, Simon desconversou: "Isso [descartar sua candidatura] é uma injustiça, eu me nego a responder".
Arquivamento
O procurador da República Sílvio Amorim arquivou no último dia 12 uma representação contra Tebet feita pelo PT e pelo PTB de Selvíria (MS), cidade próxima de Três Lagoas, terra natal do senador. Tebet foi acusado de desviar dinheiro público quando comandava a extinta Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), entre julho de 87 e março de 90 (governo Sarney).
Os denunciantes acusaram Tebet e o prefeito de Selvíria, Acir Kauás, de desviar cerca de R$ 30 mil (valores de hoje), supostamente destinados para a cobertura de uma escola. Tebet classificou a denúncia de "palhaçada". Os denunciantes estão estudando recorrer do processo de arquivamento. O pedido pode ser feito até o dia 27 deste mês.
"Não temo nada", afirma Tebet, em MS
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da Agência Folha, em Campo Grande
Recebido com pompa em sua terra natal, o presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), 64, disse ontem em Campo Grande que não teme se tornar a "bola da vez" e ser alvo de denúncias semelhantes às que atingiram seus antecessores Jader Barbalho (PMDB-PA) e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
"Eu sei que estão com a metralhadora engatilhada contra mim, mas não temo nada", disse Tebet em entrevista coletiva.
A eleição de Tebet anteontem rachou o PMDB e desagradou o PFL, que o considera um dos principais responsáveis pela renúncia do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Aliados de ACM dizem que ele teria um dossiê com denúncias contra Tebet, a quem apelidou de "rábula do Pantanal".
Articulada pelo Planalto, a escolha de Tebet como candidato do PMDB só obteve 12 votos na bancada peemedebista. No plenário, o PFL e a oposição foram responsáveis por 31 votos em branco e 3 nulos, indicando que a crise no Senado ainda está longe do fim. Com apoio do PSDB, Tebet recebeu 41 votos, conseguindo a maioria absoluta.
Após presidir o Conselho de Ética do Senado durante as investigações sobre a violação do painel eletrônico, o senador sul-mato-grossense ganhou notoriedade e virou ministro da Integração Nacional em junho.
A chegada de Tebet levou cerca de 400 pessoas ao pequeno aeroporto de Campo Grande, a maioria peemedebistas liderados pelo prefeito da cidade André Puccinelli. O estacionamento ficou lotado. Após quase duas horas de atraso, a chegada do avião de Tebet, às 15h30, levou diversas pessoas a invadir a pista do aeroporto. No percurso até o saguão, correligionários mais entusiasmados gritavam: "Ramez para presidente do Brasil".
Na rápida entrevista coletiva, concedida ao lado do senador gaúcho Pedro Simon (PMDB), Tebet disse que defenderá candidatura própria e que Simon é um "ótimo candidato". Ele afirmou que "com certeza" tentará a reeleição ao Senado em 2002.
Depois da entrevista, Tebet deu a palavra a Simon, caminhando por cima
das poltronas que circundavam a pequena sala, lotada de repórteres.
Questionado se apoiaria um candidato pró-FHC ou PT num eventual segundo turno, Simon desconversou: "Isso [descartar sua candidatura] é uma injustiça, eu me nego a responder".
Arquivamento
O procurador da República Sílvio Amorim arquivou no último dia 12 uma representação contra Tebet feita pelo PT e pelo PTB de Selvíria (MS), cidade próxima de Três Lagoas, terra natal do senador. Tebet foi acusado de desviar dinheiro público quando comandava a extinta Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), entre julho de 87 e março de 90 (governo Sarney).
Os denunciantes acusaram Tebet e o prefeito de Selvíria, Acir Kauás, de desviar cerca de R$ 30 mil (valores de hoje), supostamente destinados para a cobertura de uma escola. Tebet classificou a denúncia de "palhaçada". Os denunciantes estão estudando recorrer do processo de arquivamento. O pedido pode ser feito até o dia 27 deste mês.
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