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25/01/2002 - 15h42

"PT não vai discutir prisão perpétua", diz José Dirceu

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CAMILO TOSCANO
da Folha Online

A possibilidade de o PT discutir a adoção da prisão perpétua para crimes de sequestro seguido de morte foi rechaçada hoje pelo presidente nacional do partido, o deputado federal José Dirceu (SP). A proposta chegou a ser cogitada, entre outros, pelo deputado federal José Genoino (SP), candidato do partido ao governo de São Paulo.

"Ninguém vai levar o PT a adotar posição de prisão perpétua, de pena de morte, de Forças Armadas nas ruas. Não há nenhuma possibilidade de o PT adotar essas bandeiras. Falo com autoridade de presidente do PT, falo em nome da direção nacional e do sentimento da absoluta maioria dos petistas. Não vai nem ser colocado em discussão", afirmou.


17.ago.2001 - Flávio Florido/ Folha Imagem
O presidente do PT, José Dirceu (SP)
Segundo Dirceu, a idéia de iniciar um debate sobre o tema só surgiu porque os integrantes do partido ficaram muito abalados com o assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), no final de semana passado. "Nessa horas, é preciso dar um desconto", disse Dirceu.

O deputado afirmou também que a pena de morte já existe no país. "Vocês hão de convir comigo que a pena de morte já existe no Brasil. Ou vocês têm dúvida de que ela é aplicada de maneira violenta no país?"

Para ele, após a morte do prefeito, há uma tendência de temas como a pena de morte e prisão perpétua virem à tona, que deve ser evitada. "Não vamos ficar inventado soluções que vão colocar em risco as liberdades democráticas", afirmou.

Responsabilidade
José Dirceu também alfinetou o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. Ele criticou a postura adotada pelo tucano e disse avaliar que os assassinatos de Celso Daniel e de Antonio da Costa Silva (PT), prefeito de Campinas, não têm recebido a devida atenção do governo do Estado.

"Em parte, muitos governadores não tiveram a percepção da gravidade do problema. Dou o exemplo dessa triste situação que ocorreu em São Paulo, em que o governador Geraldo Alckmin não voltou para a cidade depois do assassinato do prefeito [de Campinas] Toninho [Antonio da Costa Silva], um prefeito de uma cidade importante. Fosse do PT, do PSDB ou do PPB, é evidente que o governador deveria ter tomado outro comportamento", afirmou.

Ele usou a morte do sequestrador Fernando Dutra Pinto para criticar as investigações conduzidas pelo governo estadual. "Tem casos escabrosos, como aconteceu com o sequestrador [Fernando] Dutra Pinto [que sequestrou o apresentador Silvio Santos], que envolvem a polícia. Até hoje não está explicado o que aconteceu naquele flat em Alphaville, o envolvimento de policiais no sequestro ou na busca dos recursos do sequestro", disse.

 

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