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06/03/2002 - 10h13

Morte de Mário Covas completa um ano hoje

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da Folha Online

Há um ano, após os crescentes problemas de saúde provocados pelo câncer, morreu o governador do Estado de São Paulo Mário Covas, eleito pela primeira vez para o cargo em 1994.

O governador morreu às 5h30 do dia 6, aos 70 anos, de falência múltipla dos órgãos, provocada pela proliferação do câncer, após ficar internado no Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas) por nove dias. Ele deixou seu vice, Geraldo Alckmin, para assumir o cargo.

Nascido em 21 de abril de 1930, Covas já havia sido deputado federal (1962, 1966, 1982), prefeito de São Paulo (1983-1985) e senador (1986, com 7 milhões de votos, a maior votação da história do país).

Covas casou-se em 1954 com Florinda Gomes, a Lila, com quem teve três filhos: Mário Covas Neto, Renata e Silvia, que morreu em 1976 em um acidente de moto, durante a festa de Réveillon.

Problemas de saúde
Covas estava licenciado e apresentou piora em sua saúde no dia 25 de fevereiro de 2001, quando foi transportado de helicóptero às pressas de Bertioga, no litoral de São Paulo, para o Incor. Chegou a sofrer convulsões e perda da consciência. Um edema no pulmão agravou o quadro.

Covas foi internado com quadro infeccioso grave, de instalação aguda, associado a hiperglicemia (aumento de glicose no sangue), distúrbios metabólicos e de coagulação. Apresentava ainda arritmia cardíaca e queda de pressão arterial.

Exames posteriores constataram uma trombose profunda na perna direita. Rins e intestinos também não apresentavam mais um bom funcionamento.

O médico particular de Covas, David Uip, afirmou, na primeira entrevista após a internação, no dia 25, que o governador ficaria em um quarto do Incor, e não na UTI, para manter a "dignidade do paciente". O pedido teria partido do próprio governador. Na ocasião, Uip afirmou que ele estava enfrentando "o momento de maior risco de sua vida".

Os médicos tiveram de interromper o tratamento para combater o câncer na meninge, feito desde o início do ano, por conta do agravamento do estado de saúde. A terapia consistia na aplicação de uma injeção na coluna do governador, na região lombar.

A falta de tratamento para combater as células cancerígenas foi a hipótese mais provável para a piora do estado geral de Covas.

O anúncio do câncer na meninge foi feito no dia 15 de janeiro de 2001, após um exame para avaliar o aumento de células cancerosas no corpo de Covas.

Mas a saúde de Covas começou a ficar debilitada em 1998, quando foi realizada uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno na bexiga, que foi reconstituída na operação com tecidos do intestino.

No ano passado, a equipe médica constatou metástase (proliferação de células cancerígenas) e uma nova cirurgia foi realizada para retirar o tumor, desta vez localizado na região abdominal.

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