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12/06/2007 - 18h58

Fortes pede a Tarso cópias das gravações da PF de conversa com lobista

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O ministro Márcio Fortes (Cidades), gravado em conversas telefônicas com um lobista da Gautama --empresa suspeita de liderar a suposta máfia que fraudava licitações para realização de obras desarticulada pela Operação Navalha, da Polícia Federal --, pediu ao colega, o ministro Tarso Genro (Justiça), que lhe envie as cópias das gravações.

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) afirmou ainda que Fortes se dispõe a tornar público o teor das conversas gravadas. "Ele (Fortes) me disse que está disposto a divulgar o conteúdo das gravações", afirmou o senador. "O Márcio Fortes é um homem de maior dignidade. Ele tem o apoio irrestrito de todo o PP", disse.

O líder do PP na Câmara, Mário Negromonte (BA), rebateu a possibilidade de Fortes estar envolvido nas denúncias. Assim como Dornelles, elogiou o ministro de seu partido: "O ministro tem a confiança da bancada".

Tanto Dornelles como Negromonte negaram que o partido já examine nomes para substituir Fortes. O principal cotado seria o senador pelo PP, do Rio. Porém, Dornelles foi categórico ao descartar a possível sucessão a Fortes. "Não existe nada disso. Nem sei de onde tiraram essa idéia totalmente sem sentido", afirmou ele.

Gravações

O "Painel" (só para assinantes da Folha e do UOL) da Folha, editada por Renata Lo Prete, revelou que a PF gravou pelo menos três telefonemas entre o lobista Sérgio Sá, da Gautama, e o ministro Márcio Fortes.

O "Painel" informa ainda que Fortes foi citado uma vez em relatório da Operação Navalha. O nome dele surgiu nas investigações porque o ex-presidente do PP -- responsável pela indicação de Fortes-- Pedro Corrêa é acusado de traficar influência nas Cidades para liberar dinheiro à construtora Gautama.

Um dos defensores de Fortes, o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE) disse que a citação de Fortes no relatório da PF é "normal" porque ele mantinha contatos com Pedro Corrêa. Mas negou a possibilidade do ministro concordar com um possível esquema de tráfico de influências.

 

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