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PF deflagra 2ª etapa da Hurricane contra policiais envolvidos com caça-níqueis
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal desencadeou hoje a segunda etapa da Operação Hurricane (furacão), que desarticulou uma suposta quadrilha especializada em comprar sentenças para favorecer a máfia dos bingos e caça-níqueis. Desta vez, a operação atinge policiais acusados de receber propina da máfia dos jogos.
Fontes da PF informaram que foram cumpridos nesta terça-feira 21 mandados de prisão: 19 policiais civis e dois agentes federais
Na primeira etapa da operação, a PF prendeu o titular da Delegacia da PF em Niterói, Carlos Pereira da Silva, a delegada federal Susie Pinheiro Dias de Mattos, corregedora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o delegado federal aposentado Luiz Paulo Dias de Mattos, entre outros.
Primeira etapa
A primeira etapa da Operação Hurricane, deflagrada em 13 de abril, prendeu 25 pessoas, entre magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio.
Entre os primeiros presos estavam o ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira. Eles foram soltos por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cesar Peluso.
A PGR (Procuradoria Geral da República) também ofereceu denúncia contra o ministro Paulo Medina, do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A Polícia Federal colocou Medina no centro do esquema de comercialização de sentenças a favor de bingueiros e bicheiros.
Medina, segundo a PF e a Procuradoria, pode ter negociado por R$ 1 milhão, por meio de seu irmão Virgílio (que permanece preso), uma liminar concedida por ele em 2006 (e depois cassada pelo STF).
Com essa liminar, foram liberadas 900 máquinas caça-níqueis que haviam sido apreendidas em Niterói (RJ). Agora, Medina e os outros quatro com foro privilegiado deverão apresentar suas defesas ao STF.
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