OAB defende investigação de suspeita de grampo em ministros do STF

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cézar Britto, condenou neste sábado a suspeita de que há escutas telefônicas monitorando ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). A possibilidade é revelada em reportagem publicada na revista "Veja".

Para Britto, é fundamental investigar a denúncia. "Nada pior para a democracia do que acuar o Poder Judiciário. O Judiciário independente pressupõe a ausência de qualquer interferência externa, especialmente do aparelho estatal encarregado da atividade policial", afirmou Britto.

De acordo com a "Veja", cinco dos 11 ministros do STF confirmaram suspeitar de que são monitorados por grampos. Um deles, o ministro Gilmar Mendes, é o mais categórico. Ele afirma que a suposta autoria seria de parte da Polícia Federal.

Para o presidente da OAB, as informações da reportagem mostram fatos "gravíssimos e que exigem respostas imediatas daqueles que são responsáveis pelo controle da Polícia Federal".

Segundo Britto, a "PF não pode ter banda podre. Ou ela [a PF] é saudável ou não é polícia". Para ele, é preciso que as autoridades investiguem as denúncias apontadas na reportagem.

O presidente da OAB destacou ainda que "a denúncia não pode ficar sem resposta, uma resposta clara".

Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br