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21/08/2007 - 18h12

Usineiro se dispõe a participar de acareação com Renan

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Os advogados do usineiro João Lyra telefonaram nesta terça-feira para o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), para afirmar que o empresário está disposto a participar de acareação com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre as denúncias de que teriam usado laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas.

Lyra afirma que Renan foi seu sócio oculto na operação para a compra dos veículos de comunicação no Estado, mas o presidente do Senado nega qualquer participação no negócio.

O usineiro prestou depoimento ao corregedor na semana passada, em Alagoas, mas não apresentou provas concretas do envolvimento de Renan no negócio. Ele reiterou apenas a denúncia de que Renan gastou R$ 1,3 milhão na compra do grupo de comunicação em sociedade oculta firmada para evitar que o nome do senador fosse envolvido no negócio. Após ouvir o usineiro, Tuma disse que a situação de Renan ficou mais "delicada".

O empresário apresentou uma pasta com documentos de Tito Uchôa --um dos supostos laranjas usados por Renan-- que comprovariam o envolvimento do senador no esquema. Inicialmente, Lyra se colocou à disposição do conselho para participar de acareação com Uchôa, mas agora voltou atrás e disse que quer enfrentar Renan. Tuma ainda quer ouvir Uchôa para apurar em detalhes as denúncias contra Renan.

Investigação

O Conselho de Ética do Senado vai investigar a denúncia que liga Renan à compra oculta do grupo de comunicação. O presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), ainda não designou relator para investigar o caso. Quintanilha disse hoje que não descarta convidar os três senadores que já relatam a primeira representação contra Renan no conselho: Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE).

Como os três relatores devem apresentar na semana que vem o relatório sobre a denúncia de que Renan teria usado dinheiro da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, Quintanilha acredita que os três senadores podem aceitar agora o novo convite.

Serrano e Casagrande já negaram o convite para relatar a segunda representação contra Renan no Conselho de Ética, referente à denúncia de que o senador teria beneficiado a Schincariol no INSS em troca da empresa ter comprado uma fábrica de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), por preço acima do mercado.

O senador João Pedro (PT-AM) aceitou relatar o processo e hoje divulgou nota para afirmar que vai encaminhar por escrito questões a serem respondidas por Renan ao conselho. "O senador não precisará comparecer ao plenário do conselho, mas apenas responder por escrito aos pedidos de informações", afirma o relator na nota.

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