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03/09/2007 - 09h19

Aprovação de plebiscito sobre venda da Vale desagrada Lula

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da Folha de S.Paulo

Aprovado anteontem à noite, o plebiscito sobre a anulação da privatização da mineradora Vale do Rio Doce, realizada pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), pôs fim à curta lua-de-mel entre Luiz Inácio Lula da Silva e o 3º Congresso do PT.

O presidente, que discursara na manhã de sábado, ficou contrariado na noite do mesmo dia ao saber da decisão, relataram à Folha dois de seus assessores.

Governador de Sergipe e petista próximo a Lula, Marcelo Déda evitou comentar o caso e resumiu em apenas uma palavra o plebiscito: "anacrônico".

A aprovação da consulta representou uma derrota da direção do PT. Ciente disso, o presidente da sigla, Ricardo Berzoini, deixou o plenário na noite de sábado antes da votação.

Ontem, preferiu minimizar o impacto: "Eu tenho uma posição de que nós não devemos criar qualquer dúvida sobre os compromissos do PT com contratos e atos jurídicos. No entanto, nesse caso, há ações na Justiça questionando [o leilão da Vale]. O Poder Judiciário é quem vai decidir. Portanto, não há problema com relação ao texto que foi aprovado. Eu seria contra se fosse um texto que falasse de ações do governo".

Segundo ele, o partido está desobrigado de encampar o resultado. "É uma ação dos movimentos sociais que o PT está apoiando, o que não quer dizer que um eventual resultado do plebiscito vincule a ação política do partido."

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu também demonstrou insatisfação. "Nem o PT nem o governo [devem encampar a reestatização da Vale]. A questão do leilão da Vale tem de ser analisada pela Justiça. Existem outras questões mais importantes para o governo resolver, mas os movimentos têm todo o direito de fazer. Eu sou contra", disse.

Procurada para comentar a questão, a companhia informou, por sua assessoria de imprensa, que não iria se pronunciar sobre o assunto. Mesmo antes da aprovação pelo plenário do PT, a Vale já não se manifestava sobre o tema.

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