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PSDB deve liberar bancada no Senado para votação da CPMF
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O PSDB caminha para liberar a bancada na votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.
Apesar de líderes tucanos serem oficialmente contrários à prorrogação do "imposto do cheque", o partido vai negociar com o governo esta semana a possibilidade de deixar a bancada do Senado livre na votação da matéria --após a pressão velada de governadores tucanos favoráveis ao aumento de repasse de recursos da Saúde para os Estados.
O PSDB se reúne na quinta-feira com o ministro Guido Mantega (Fazenda) para negociar a votação da CPMF. O partido promete cobrar, como contrapartida, a redução gradual da alíquota do "imposto do cheque" e a diminuição da carga tributária nacional --entre outras reivindicações. O fechamento de questão contra a CPMF ou a liberação da bancada do PSDB no Senado estão condicionados à oferta do governo durante as negociações.
A Folha Online apurou que os tucanos consideram um "desgaste" fechar questão a favor da prorrogação do "imposto do cheque", abandonando a postura de oposição da legenda. Dessa forma, a liberação da bancada seria o mecanismo viável para apoiar a prorrogação da CPMF, já que os senadores estariam livres para votar contra ou a favor da proposta.
Oficialmente, os tucanos não adiantam a postura que vão adotar na votação. "O tempo conspira contra o acordo [com o governo]. Fechar questão contra a CPMF é fácil, mas não há mais possibilidade de fechar questão a favor. Como unanimidade, não teremos uma posição", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).
O senador disse que o partido não pretende estabelecer punições àqueles que votarem contra a orientação da bancada, ao contrário do que o DEM ameaça fazer. A bancada do DEM no Senado já fechou questão contra a prorrogação da CPMF, sem disposição para negociar com o governo.
"Temos personalidades diferentes. Somos irmãos, mas não somos siameses. Não vamos deixar de ser quem somos em função de nada. Se o governo quer conversar, vamos até lá, faz parte da nossa gênese ouvir", afirmou.
Virgílio disse, no entanto, que vai se reunir com Mantega com o espírito "meio aberto" ao diálogo --já que avalia que o Palácio do Planalto demorou demais a discutir concessões à prorrogação da CPMF.
Fiel da balança
O governo teme perder o apoio de parte do PSDB na votação, uma vez que o partido é considerado o fiel da balança para que a matéria seja aprovada no Senado. Governistas calculam, nos bastidores, que já têm entre 43 e 46 votos dentro da base aliada a favor da prorrogação da PEC da CPMF. Como são necessários 49 votos para que a proposta seja aprovada, o governo vai apostar todas as fichas no diálogo com os tucanos.
A bancada do PSDB no Senado reúne 13 senadores, dos quais uma parte sinalizou estar disposta a votar com o governo se as concessões impostas pela legenda forem atendidas.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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