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09/11/2007 - 09h11

Para petistas, Zeca do PT fez dossiê falso e quis incriminá-los

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HUDSON CORRÊA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O senador Delcídio Amaral (PT-MS) e o deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT-MS) afirmam na Justiça que o livro do suposto caixa dois do ex-governador de Mato Grosso do Sul Zeca do PT (1999 a 2006) é uma espécie de dossiê falso, montado pelo próprio governo petista, para incriminá-los.

A razão "da manobra", segundo Delcídio e Biffi, é que eles "não se curvaram ao corporativismo partidário", além de, "apesar de filiados ao PT, serem do grupo oposto ao do ex-governador".

A acusação sobre a manobra está no processo movido na Justiça de Mato Grosso do Sul por Delcídio e Biffi, na última terça-feira, no qual pedem a Raufi Marques, ex-secretário de Governo e braço direito de Zeca do PT, explicação sobre o livro do suposto caixa dois.

"A única conclusão plausível para a vinculação dos nomes nos manuscritos do ex-secretário de Governo Raufi Marques é envolvê-los nas investigações do Ministério Público para suplantar a competência e o foro estadual, bem como desviar o foco das investigações."

Delcídio reclamou, por meio de nota, ser vítima de perseguição por sua atuação como presidente da CPI dos Correios que, em 2005, investigou o mensalão do governo Lula.

Apreendido pelo Ministério Público na casa da ex-secretária de Raufi, o livro-caixa contém anotações de supostos pagamentos com dinheiro de caixa dois, no período de agosto de 2004 a abril de 2005.

O nome de Delcídio e o de Biffi estão anotados no livro como se os dois tivessem recebido R$ 25 mil por mês.

Também aparece o nome do deputado federal Vander Loubet (PT-MS), sobrinho e aliado de Zeca do PT. Ele foi candidato derrotado a prefeito de Campo Grande em 2004 e teria, conforme as anotações do livro, recebido recursos do suposto esquema montado pelo ex-governador no período.

Raufi admite que mandou fazer as anotações no livro e que se referiam a campanhas eleitorais, mas não fornece detalhes.

Na ação judicial, na qual pedem explicação ao ex-secretário de Governo, Delcídio e Biffi acusam Raufi de falsificar o livro-caixa para prejudicá-los. Dizem que a "referência ao nome deles evidencia a ocorrência de manobra a qual, em tese, configura o delito de falsidade ideológica, previsto no artigo 299 do Código Penal, o qual é punido com a severa pena de até três anos de reclusão".

Ainda no processo judicial, os dois parlamentares afirmam que "a única conclusão plausível" sobre as anotações de Raufi "é [a de] envolvê-los nas investigações do Ministério Público (...) para desviar o foco".

Delcídio e Biffi dizem ainda ser "evidente que o propósito é manchar a biografia política" deles porque "jamais se curvaram aos interesses pessoais ou ao corporativismo partidário".

O senador petista argumenta que não poderia ter recebido dinheiro do ex-governador, pois pertence a um grupo político adversário ao dele no PT.

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