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09/11/2007 - 16h05

Pará fecha acordo com MST para indenizar sobreviventes do massacre do Carajás

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da Folha Online

O governo do Pará e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) firmaram um acordo para indenizar 30 sobreviventes do massacre do Eldorado do Carajás (PA), ocorrido em 1996, quando 19 sem-terra morreram em confronto com a polícia.

O acordo prevê indenização de R$ 20 mil para cada um dos 30 sobreviventes e a garantia de elaboração de projeto de lei que autorizará o pagamento de pensão mensal de um salário mínimo --R$ 380-- para cada, além de assistência médica através do SUS (Sistema Único de Saúde).

Segundo a Procuradoria-Geral do Estado, o acordo foi assinado na última terça-feira e prevê o pagamento das indenizações no ano que vem.

O acordo coloca em prática decreto da governadora Ana Júlia Carepa que estabelece critérios para pagamento das indenizações por danos morais e determina a criação de uma comissão para avaliar cada caso.

Segundo a assessoria de Ana Júlia, ao todo 50 vítimas do massacre serão indenizadas pelo governo do Estado. Em 2005, um grupo de 20 sobreviventes conseguiu na Justiça indenização de mais de R$ 1,2 milhão. Com a decisão, cada vítima receberá entre R$ 30 mil e R$ 90 mil, além de pensão de 1,5 salário mínimo.

Segundo o MST, essas primeiras indenizações ainda não foram pagas pelo Estado. A assessoria da governadora explicou que a verba para pagamento dessas 20 indenizações está prevista no Orçamento do Estado para para 2008.

Em 17 de abril de 1996, 19 sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) morreram e 69 ficaram feridos em confronto com a Polícia Militar. Os policiais foram acionados para desobstruir uma estrada bloqueada pelos agricultores. No episódio, 12 PMs ficaram feridos.

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Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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