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PTB deixa bloco governista e libera bancada do Senado para votar como quiser a CPMF
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O PTB decidiu nesta quinta-feira deixar o bloco do governo no Senado depois que o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) foi substituído na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) por ser contrário à prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Por unanimidade, os sete integrantes do PTB no Senado também decidiram liberar a bancada na votação da CPMF --apesar da saída do bloco não representar o afastamento da base de apoio do governo no Congresso.
"A decisão de deixar o bloco é irreversível. Isso significa ter independência da base aliada. Não queremos ser tratados como partido de segunda categoria. Além do meu afastamento, já havia outros fatores que se acumulavam", disse Mozarildo.
A decisão do PTB foi uma espécie de desagravo a Mozarildo, que não escondeu sua irritação com a súbita substituição na CCJ provocada pela sua posição contrária à prorrogação da CPMF.
Apesar do episódio, Mozarildo disse que não guarda mágoas da líder do bloco governista no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC) --responsável pela sua substituição. "Foi algo descortês e mentiroso porque a senadora não consultou o líder do PTB. Mas eu sou médico e mágoa só faz mal para quem tem."
O líder do PTB no Senado, Epitácio Cafeteira (MA), afirmou que a bancada terá independência a partir de agora na Casa Legislativa --sem obedecer às ordens da líder do bloco. "Vamos ter vida própria, não vamos ter uma pessoa que tira e bota membros das comissões", afirmou.
Além do PTB, o bloco governista no Senado é composto pelo PT, PR, PSB, PC do B, PRB e PP. Todos os partidos integram a base aliada do governo, mas alguns têm independência no Senado, como o PDT --que integra a base, mas não o bloco governista na Casa Legislativa.
CPMF
Como a bancada está dividida na votação da CPMF, decidiu liberar a bancada para que cada parlamentar escolha por conta própria se vai apoiar ou não a prorrogação do "imposto do cheque".
Mozarildo e o senador Romeu Tuma (PTB-SP) já anunciaram voto contrário à matéria, enquanto Cafeteira e o senador Sérgio Zambiazi (PTB-RS) definiram pelo voto favorável à prorrogação da CPMF.
Os demais integrantes do PTB ainda não revelaram como votarão --Gim Argello (DF), João Vicente Claudino (PTB-PI). O senador Fernando Collor de Mello (AL) está de licença e seu suplente, Euclydes Mello (PRB-AL) é de outro partido.
"O partido é institucionalmente contra o aumento de custos, mas não vai fechar questão. Cada um vota de acordo com a sua consciência", disse Cafeteira.
Mozarildo afirmou, porém, que apesar da bancada não ter fechado questão sobre a CPMF a executiva nacional do partido vai formalizar a decisão em reunião marcada para o dia 28.
"Vamos deixar completamente em aberto a votação da CPMF, até porque está em cima da hora da votação, não dá para discutir detalhadamente. Mas o governo não terá sete votos contra a CPMF porque a bancada está dividida", explicou Mozarildo.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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