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20/07/2002 - 07h00

Ciro Gomes discute com empresário em Manaus

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LUIZA DAMÉ
da Folha de S.Paulo, em Manaus

A passagem do presidenciável da Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB), Ciro Gomes, por Manaus foi marcada pelo debate sobre o principal problema da região, a Zona Franca, o que levou Ciro a discutir com um empresário.

Durante encontro com cerca de 200 empresários amazonenses e sempre acompanhado da namorada Patrícia Pillar, Ciro foi pressionado a se posicionar sobre a manutenção da área de livre comércio da cidade e disse que a Zona Franca precisa ser moralizada para não ser extinta.

"Quem quiser manter a Zona Franca tem de agir rapidamente para recuperar a condição moral. Hoje faz vergonha falar em Sudam e Sudene, tantas foram as pilantragens nesses órgãos", disse.

A declaração do candidato causou um mal-estar entre os presentes. Imediatamente após a exposição de Ciro Gomes, o coordenador do encontro, empresário Maurício Loureiro, reagiu: "Nós da Zona Franca somos sérios".

Ciro tentou interrompê-lo, mas o empresário disse rispidamente que tinha ouvido calado todo o discurso do candidato. "Olha que eu sou visita", afirmou Ciro, pedindo um tratamento respeitoso. "Vocês são sérios, mas há exceções", continuou o candidato. "E nós queremos retirar as exceções", declarou o empresário.

O candidato ao governo do Estado pelo PPS, Eduardo Braga, entrou na discussão para evitar que o clima esquentasse de vez. Braga afirmou que os empresários não defendem o contrabando, a maquiagem de produtos e outras irregularidades constatadas na Zona Franca de Manaus.

"Queremos resgatar a credibilidade da Zona Franca, o seu objetivo de construir um Brasil mais justo", disse Braga. No final, Ciro disse que é a favor da manutenção da Zona Franca, mas com novos critérios de incentivos fiscais.

Ao discutir desenvolvimento regional, Ciro citou o ex-presidente argentino Fernando de la Rúa, que renunciou depois de perder o apoio político, sem ter cumprido promessas de campanha. Segundo ele, os candidatos não devem fazer "promessas milagrosas" nem se apresentar como "salvadores da pátria": "Aí, infelizmente sai como o De La Rúa, pela porta dos fundos do palácio. Podem escolher outro, porque não tenho vocação para isso".

Ciro chamou ontem, em Marabá (PA), de "fraude" e "fofoca" a tentativa de setores contrários à sua candidatura em aliar seu nome ao do ex-presidente Fernando Collor. "Isso é uma fraude. Houve uma assembléia da seção do PPS, em Alagoas, que, sem nos consultar, decidiu apoiar o PRTB.

A direção nacional do meu partido já determinou o fim desta aliança. Mas há uma tentativa de espalhar à sociedade uma fofoca para prejudicar minha candidatura".

Em Marabá, Ciro fez um comício para cerca de 400 pessoas em um palanque na Velha Marabá. No palanque, ele recebeu apoio de líderes do PMDB de Marabá, antigo reduto de Jader Barbalho.

Veja também o especial Eleições 2002
 

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