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25/07/2002
-
08h00
da Folha de S.Paulo
O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se retirou de um almoço onde era recebido por diretores e editores da Folha na sede do jornal, na sexta-feira passada. Lula se irritou com duas perguntas feitas pelo diretor de Redação, Otavio Frias Filho.
A Folha realizou encontros semelhantes com os principais candidatos à Presidência. Pela praxe do jornal, esses encontros são noticiados, mas o debate que neles ocorre é "off the records", ou seja, existe o compromisso de que o conteúdo não seja publicado. Como versões do incidente foram divulgadas por outros meios de comunicação, o jornal considera que a obrigação de respeitar o "off" desapareceu.
Frias Filho perguntou a Lula se ele tem se preparado intelectualmente nos últimos 20 anos para credenciar-se a ocupar o cargo de presidente. O candidato negou-se a responder a pergunta, alegando que ela seria preconceituosa. O jornalista manifestou estranheza com a recusa.
Pouco depois, o diretor de Redação voltou a interpelar o candidato do PT sobre a aliança de seu partido com o PL, que o jornalista qualificou de linha auxiliar do malufismo. Em meio à resposta de Lula, o jornalista voltou a questioná-lo, afirmando que sua explicação era evasiva. Nesse momento Lula levantou-se e abandonou o encontro, acusando o diretor do jornal de estar a serviço de outra candidatura, numa alusão ao tucano José Serra.
O "publisher" do jornal, Octavio Frias de Oliveira, acompanhou Lula, o candidato a vice em sua chapa, senador José Alencar (PL-MG), e assessores petistas até a saída, como costuma fazer ao final dos almoços na Folha.
A assessoria do candidato, procurada pela Folha para comentar o episódio, afirmou que não se manifestaria. "Informada de que a Folha preparava uma notícia sobre o episódio, a coordenação da campanha preferiu aguardar a publicação da mesma, para eventualmente manifestar-se depois", declarou o porta-voz da campanha de Lula, André Singer.
Otavio Frias Filho disse que interpelou Lula com veemência. Diz que as perguntas, porém, eram legítimas e que sua função como jornalista é procurar ser crítico em relação a todos os candidatos. "A reação foi inusitada e desproporcional. Parece que ele não está acostumado a ser questionado e se descontrola quando isso acontece", afirmou Frias.
Veja também o especial Eleições 2002
Lula abandona almoço em visita à Folha
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O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se retirou de um almoço onde era recebido por diretores e editores da Folha na sede do jornal, na sexta-feira passada. Lula se irritou com duas perguntas feitas pelo diretor de Redação, Otavio Frias Filho.
A Folha realizou encontros semelhantes com os principais candidatos à Presidência. Pela praxe do jornal, esses encontros são noticiados, mas o debate que neles ocorre é "off the records", ou seja, existe o compromisso de que o conteúdo não seja publicado. Como versões do incidente foram divulgadas por outros meios de comunicação, o jornal considera que a obrigação de respeitar o "off" desapareceu.
Frias Filho perguntou a Lula se ele tem se preparado intelectualmente nos últimos 20 anos para credenciar-se a ocupar o cargo de presidente. O candidato negou-se a responder a pergunta, alegando que ela seria preconceituosa. O jornalista manifestou estranheza com a recusa.
Pouco depois, o diretor de Redação voltou a interpelar o candidato do PT sobre a aliança de seu partido com o PL, que o jornalista qualificou de linha auxiliar do malufismo. Em meio à resposta de Lula, o jornalista voltou a questioná-lo, afirmando que sua explicação era evasiva. Nesse momento Lula levantou-se e abandonou o encontro, acusando o diretor do jornal de estar a serviço de outra candidatura, numa alusão ao tucano José Serra.
O "publisher" do jornal, Octavio Frias de Oliveira, acompanhou Lula, o candidato a vice em sua chapa, senador José Alencar (PL-MG), e assessores petistas até a saída, como costuma fazer ao final dos almoços na Folha.
A assessoria do candidato, procurada pela Folha para comentar o episódio, afirmou que não se manifestaria. "Informada de que a Folha preparava uma notícia sobre o episódio, a coordenação da campanha preferiu aguardar a publicação da mesma, para eventualmente manifestar-se depois", declarou o porta-voz da campanha de Lula, André Singer.
Otavio Frias Filho disse que interpelou Lula com veemência. Diz que as perguntas, porém, eram legítimas e que sua função como jornalista é procurar ser crítico em relação a todos os candidatos. "A reação foi inusitada e desproporcional. Parece que ele não está acostumado a ser questionado e se descontrola quando isso acontece", afirmou Frias.
Veja também o especial Eleições 2002
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