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Lula critica oposição e diz que CPMF estaria aprovada se fosse para ajudar rico
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da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje a oposição por ameaçar votar contra a PEC (proposta de emenda constitucional) que prorroga a cobrança da CPMF até 2011. No Pará, Lula afirmou que a CPMF já estaria aprovada se os recursos arrecadados com a contribuição ajudassem a população mais rica do país.
"Se fosse para ajudar rico, ninguém votava contra [a CPMF]. Cada centavo que se quer usar para favorecer os pobres é uma guerra", disse Lula na cerimônia de lançamento do plano social de registro civil de nascimento e documentação básica e entrega de títulos de cessão de uso de terras para populações ribeirinhas em Breves (PA).
Lula voltou a afirmar que são os sonegadores e integrantes da oposição que não gostam da CPMF. "Já apanhei o que tinha de apanhar. Porque a direita não é mole. Você pensa que a direita é como a esquerda Jefferson Péres? Não, não tem piedade. A campanha contra a CPMF é a campanha daqueles que gostam de sonegar", disse ele.
Em seguida, Lula ameaçou fazer campanha contra os sonegadores que vierem a votar contra a CPMF. "Estão lá no Senado dizendo que vão votar contra. Se votarem contra, temos que ir para cada casa mostrar quem é o senador responsável de deixar milhões de pessoas sem o benefícios desse programa", afirmou ele numa referência aos recursos da CPMF que são direcionados para a saúde e Bolsa Família, por exemplo.
O presidente pediu para os senadores terem juízo na hora de votar a CPMF. "Não é possível que alguém não tenha responsabilidade de saber que nenhum governo pode prescindir de R$ 40 bilhões", afirmou ele se referindo à arrecadação prevista da CPMF.
"Vamos esperar. A semana que vem vai votar [a CPMF]. Se os senadores não tiverem juízo, votam contra. Se tiverem juízo, aprovam e posso dizer ao povo que graças a eles aprovamos recursos para ajudar o povo."
Adiamento
A base governista no Senado conseguiu adiar para terça-feira a votação da PEC que prorroga a cobrança da CPMF até 2011. Oficialmente, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), diz que a votação precisa ser adiada por falta de quórum no plenário para votar a matéria. "A votação ficará para terça-feira porque hoje não estamos com quórum para votar", disse Jucá hoje.
A oposição, entretanto, afirma que essa é uma manobra do governo que tenta adiar a votação até conseguir os 49 votos necessários para aprovar a proposta.
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), acusou o governo de blefar quando dizia que já tinha votos suficientes para votar a prorrogação da CPMF. Segundo ele, o governo usará o final de semana para conseguir esse apoio por meio do atendimento das reivindicações dos parlamentares. "O governo não quer votar hoje porque sabe que perde. O governo vai tentar construir uma maioria neste final de semana negro. Vamos ficar de olho nessa operação de final de semana", afirmou Agripino.
O governo corre contra o relógio. A vigência da CPMF termina em 31 de dezembro. Ao mesmo tempo, o governo sofre com a disputa dentro do seu maior partido aliado: o PMDB. Quatro nomes --Garibaldi Alves (PMDB-RN), Neuto de Conto (PMDB-SC), Valter Pereira (PMDB-MS) e Leomar Quintanilha (PMDB-TO)-- tentam sair candidatos pelo PMDB à presidência do Senado. O PMDB tenta lançar um único nome na disputa. Sem o apoio unificado do PMDB, o governo terá dificuldade para aprovar a CPMF.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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