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31/07/2002 - 15h47

Família de Celso Daniel pede que polícia retome investigações

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FÁBIO PORTELA
da Folha Online

A família de Celso Daniel se reuniu nesta quarta-feira para pedir à polícia e ao Ministério Público a retomada das investigações sobre o assassinato do prefeito. "Temos indícios para crer que a morte de nosso irmão não foi um crime comum, como afirmaram as autoridades", disse Bruno José Daniel Filho.

Os outros irmãos do prefeito, João Francisco, Maria Clélia e Maria Elizabeth, também concordaram com a suspeita levantada. Segundo eles, a opinião da família é unânime. O mais radical de todos é João Francisco: "Minha opinião é a mesma desde o início. Para mim, foi uma queima de arquivo".

Os outros irmãos preferem fazer declarações mais amenas, mas destacam que a polícia cometeu "falhas" durante as investigações. "Há muitos detalhes deste caso que não foram esclarecidos, e que poderiam colaborar para a elucidação definitiva do assassinato", disse Bruno Daniel.

Entre os problemas levantados pela família está o fato de os anexos da necropsia não terem sido divulgados pelas autoridades policiais. Para João Francisco, esta documentação é fundamental para mostrar se Celso foi torturado enquanto esteve nas mãos dos sequestradores. "Se realmente ele sofreu algum tipo de tortura, a tese de crime comum cairá por terra".

Sobre a rapidez com que a polícia de São Paulo decretou o fim das investigações, a família evitou entrar em polêmicas, mas lembrou que a pressão popular por uma solução para o caso foi muito grande. "Não nos interessa neste momento criticar ninguém, queremos apenas seguir em busca da verdade", disse Bruno.

Os irmãos do prefeito assassinado dizem que não pretendem tomar medidas judiciais com o objetivo de reabrir as investigações. O advogado Francisco Neves Coelho, contratado pela família, diz estar certo de que "as autoridades vão se sensibilizar e atender ao pedido".

Propina em Santo André
Os irmãos de Celso daniel evitaram qualquer declaração sobre as denúncias de que haveria um esquema para a cobrança de propina na Prefeitura de Santo André. O único que se mostrou disposto a falar sobre a suposta máfia foi João Francisco.

'Eu acho que o trabalho que o Ministério Público está fazendo é louvável e saudável. Imagino que eles estejam tentando fazer primeiro uma limpeza na Prefeitura de Santo André para depois, eventualmente, tentar fazer uma ligação entre os dois casos.'
 

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