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27/08/2002 - 00h18

Maluf é alvo em debate na Record; Genoino e Alckmin trocam farpas

da Folha Online

O debate entre os candidatos ao governo de SP, promovido pela Record, foi marcado por algumas 'estocadas' no principal ausente, Paulo Maluf (PPB), por um momento de confronto entre Geraldo Alckmin (PSDB) e José Genoino (PT), e pela falta de ineditismo nas propostas dos postulantes _a maioria já havia sido detalhada em outros eventos (como o 'Candidatos na Folha, realizado no Teatro Folha, em Higienópolis, na semana passada).

O debate foi dividido em quatro blocos. Na primeiro, os candidatos responderam a uma pergunta formulada pelo mediador, Boris Casoy, sobre segurança. Em sua primeira aparição, Alckmin atacou seu principal adversário, Paulo Maluf (primeiro colocado nas pesquisas). Para Alckmin, a ausência de Maluf foi 'um desrespeito com o eleitor' e que ele deveria estar presente para responder a 'várias acusações'.

Boa parte do tempo do candidato Carlos Apolinário (PGT) foi gasto com críticas à TV Globo. Ele se disse discriminado por não aparecer na programação da emissora. Quando resolveu responder à pergunta, Apolinário disse ser contra a pena de morte mas afirmou: 'Já que não é para matar, pelo menos borracha (nos bandidos deve ter).

Carlos Roberto Pittoli criticou a prisão de 'ladrões de galinha', citou o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto e fez referência ao senador Luiz Estevão.

Durante sua resposta, Genoino também atacou Maluf, afirmando que sua ausência era 'condenável'. Maios uma vez, Genoino relembrou seu passado como legislador e disse que em um eventual governo petista, seria priorizada a prevenção social.

Perguntas do 1° Bloco
No mesmo bloco, candidatos questionaram uns aos outros. Uma mesma pessoa não poderia ser questionada mais de duas vezes, segundo as regras.

As duas primeiras perguntas foram feitas a Geraldo Alckmin: uma sobre saúde, feita pelo candidato Pinheiro Pedro; outra sobre o destino da verba arrecadada com as privatizações, feita por Antônio Cabrera.

A mesma pergunta já havia sido feita ao candidato à Presidência tucano, José Serra, pelo candidato a presidente do partido de Cabrera, Ciro Gomes, em debate entre presidenciáveis da TV Bandeirantes. Alckmin disse que o dinheiro foi usado para amortizar a dívida pública do Estado e para investimentos na área social. Cabrera disse que não estava satisfeito com a resposta.

No segundo bloco...
Maluf continuou sendo alvo: começou com o candidato Carlos Pittoli (PSB) 'perguntando' ao candidato a reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), o que ele achava da ausência de Paulo Maluf (PPB) no debate.

Apesar da pergunta visivelmente 'estimulante', Alckmin não atacou Maluf diretamente, fez apenas críticas indiretas _sem citar seu nome. 'Fugir ao debate é antidemocrático', afirmou.

O atual governador, segundo nas pesquisas (atrás de Maluf), também ironizou a ausência, dizendo que a falta poderia ter relação com a necessidade do candidato Maluf em ter privacidade.

Cabrera, por sua vez, defendeu que, caso seja eleito, vai desencadear uma 'guerrilha fiscal' para impedir que empresas troquem São Paulo por outros Estados que ofereçam mais vantagens fiscais para que lá se instalem. A mesma proposta já havia sido anunciada na semana passada durante sabatina promovida pela Folha de S.Paulo.

Terceiro bloco
O terceiro bloco, no qual candidatos perguntam para candidatos, foi marcado pelo único confronto do debate. Foi a primeira e única vez em que os dois principais candidatos presentes se enfrentaram.

Genoino questionou Alckmin sobre segurança. Em sua resposta, o governador disse que o PT não tinha 'essa especialidade', citando a crise na segurança vivida pelo governo petista de Benedita da Silva.

'Benedita governa há quatro anos, o senhor há oito. Em qual Estado você está?', respondeu Genoino. O petista disse ainda que a questão da segurança não seria resolvida com polícia 'que trabalha com bandido para fazer ação 'espetaculosa' antes das eleições', em referência às ações do Gradi (Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância) e à operação na rodovia Castelinho, na qual 12 supostos integrantes do PCC foram mortos.

'Existe o palavrório do Genoino e a ação do governo', afirmou Alckmin. O petista pediu direito de resposta ao mediador, que foi negado. 'Não houve ofensa, não foi nem sequer insinuada nenhuma corrupção', afirmou.

Último bloco
No bloco final do debate da Record, os candidatos tiveram apenas um minuto para considerações finais.

Apolinário optou em dar endereço de seu site.

Genoino usou o tempo para agradecer à militância e fazer 'campanha' para os candidatos de seu partido.

Lamartine Posella fez promessa de renegociar a dívida do Estado e de gerar empregos (não disse especificamente como).

Alckimin se despediu lembrando que foi 'preparado' por Covas para ser governador. Disse que seu governo é 'educador'.

Pinheiro Pedro usou frases de efeito, dizendo que quer trazer 'o colorido à cidade, e que o colorido é o verde'. Defendeu o investimento em turismo.

Carlos Pittoli se despediu com um erro ao agradecer à 'Rede Globo de Televisão' pelo debate. Foi corrigido por Boris Casoy: 'Rede Record'.

Antonio Cabrera optou em agradecer aos 'produtores que estão fora do nosso Estado'. Lembrou Ciro Gomes e fez crítica indireta ao governo atual na questão de segurança.

Ciro Moura falou sobre o candidato de sua coligação ao Senado, José Maria Marin, e agradeceu (ao eleitor) por estar em quarto nas pesquisas.

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