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23/09/2002
-
17h50
da Folha Online
O fechamento recorde do dólar hoje, cotado a R$ 3,57 para venda, é a retomada da estratégia tucana para derrubar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa é a opinião do candidato ao Senado por São Paulo, o deputado federal Aloizio Mercadante.
"Eles (PSDB) já tentaram de tudo para enfraquecer a candidatura de Lula. Como todas as estratégias deram errado, até as ofensas e ataques ao partido, resolveram apelar novamente para o terrorismo econômico."
Procurada pela reportagem, a assessoria de José Serra (PSDB) ainda não se manifestou sobre o assunto.
Para Mercadante, o único fator eleitoral que pode ter pressionado a alta do dólar hoje é a especulação de agentes do mercado financeiro que fazem campanha para o candidato do PSDB, José Serra.
"Muita gente ganha dinheiro em cima da especulação que se faz com os números das pesquisas eleitorais. Tem gente que além de fazer especulação e ganhar dinheiro, aproveita para fazer campanha para o candidato do governo, atribuindo a Lula um risco que não existe."
A coordenação da campanha de Lula acredita que a retomada do "terrorismo econômico" se deve ao crescimento da candidatura petista, como mostrou pesquisa Datafolha divulgada no sábado.
"O Banco Central tem ferramentas para conter a alta do dólar. Não está usando todas as ferramentas porque não quer", disse Mercadante.
Na sua opinião, o verdadeiro motivo que impulsiona a alta do dólar é o agravamento da crise econômica mundial com o risco de guerra entre Estados Unidos e Iraque, crise da Argentina. "O processo eleitoral pode até interferir no mercado, mas não a esse ponto. O que está ocorrendo é um ataque especulativo e terrorista contra a candidatura de Lula."
Integrantes do comitê de campanha de Lula acreditam que o eleitorado não vai cair em mais essa estratégia da campanha de Serra. Segundo alguns colaboradores, o eleitorado já está "suficiente amadurecido" para saber que uma vitória do PT não significa nenhum risco para a economia do país.
Mesmo assim, uma das estratégias do partido daqui para frente será mostrar empresários e outras figuras respeitadas pelo mercado que decidiram votar em Lula. Esse é o caso do presidente da Gradiente, o empresário Eugênio Staub, 60, que apesar de ser amigo há quase 20 anos de Serra e eleitor histórico do PSDB, declarou no programa eleitoral de sábado à noite que votará em Lula nestas eleições.
Mercado
Analistas do Comitê Maxblue de Economia acreditam que apesar da escassez de dólares no mercado e das pressões do cenário político, o Banco Central não deverá liberar reservas para conter a escalada da cotação da moeda norte-americana.
Segundo os analistas, o aumento das intervenções da autoridade monetária no mercado cambial diminuiria as reservas em pleno período de transição política, o que, segundo eles, "´não seria uma boa idéia para o governo".
Os analistas recomendam aos investidores cautela em suas aplicações financeiras, ante o enfraquecimento da economia e a ameaça de guerra dos EUA contra o Iraque, que levará o próximo presidente a assumir o governo sob condições adversas.
Entretanto, contrariando a insegurança do mercado em relação ao cenário político doméstico com a possibilidade crescente da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato de oposição, o comitê afirma que o PT sofreu "´várias mudanças internas, com Lula mais aberto ao diálogo".
Leia mais no especial Eleições 2002
PT diz que alta do dólar é "terrorismo econômico" do PSDB contra Lula
FABIANA FUTEMAda Folha Online
O fechamento recorde do dólar hoje, cotado a R$ 3,57 para venda, é a retomada da estratégia tucana para derrubar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa é a opinião do candidato ao Senado por São Paulo, o deputado federal Aloizio Mercadante.
"Eles (PSDB) já tentaram de tudo para enfraquecer a candidatura de Lula. Como todas as estratégias deram errado, até as ofensas e ataques ao partido, resolveram apelar novamente para o terrorismo econômico."
Procurada pela reportagem, a assessoria de José Serra (PSDB) ainda não se manifestou sobre o assunto.
Para Mercadante, o único fator eleitoral que pode ter pressionado a alta do dólar hoje é a especulação de agentes do mercado financeiro que fazem campanha para o candidato do PSDB, José Serra.
"Muita gente ganha dinheiro em cima da especulação que se faz com os números das pesquisas eleitorais. Tem gente que além de fazer especulação e ganhar dinheiro, aproveita para fazer campanha para o candidato do governo, atribuindo a Lula um risco que não existe."
A coordenação da campanha de Lula acredita que a retomada do "terrorismo econômico" se deve ao crescimento da candidatura petista, como mostrou pesquisa Datafolha divulgada no sábado.
"O Banco Central tem ferramentas para conter a alta do dólar. Não está usando todas as ferramentas porque não quer", disse Mercadante.
Na sua opinião, o verdadeiro motivo que impulsiona a alta do dólar é o agravamento da crise econômica mundial com o risco de guerra entre Estados Unidos e Iraque, crise da Argentina. "O processo eleitoral pode até interferir no mercado, mas não a esse ponto. O que está ocorrendo é um ataque especulativo e terrorista contra a candidatura de Lula."
Integrantes do comitê de campanha de Lula acreditam que o eleitorado não vai cair em mais essa estratégia da campanha de Serra. Segundo alguns colaboradores, o eleitorado já está "suficiente amadurecido" para saber que uma vitória do PT não significa nenhum risco para a economia do país.
Mesmo assim, uma das estratégias do partido daqui para frente será mostrar empresários e outras figuras respeitadas pelo mercado que decidiram votar em Lula. Esse é o caso do presidente da Gradiente, o empresário Eugênio Staub, 60, que apesar de ser amigo há quase 20 anos de Serra e eleitor histórico do PSDB, declarou no programa eleitoral de sábado à noite que votará em Lula nestas eleições.
Mercado
Analistas do Comitê Maxblue de Economia acreditam que apesar da escassez de dólares no mercado e das pressões do cenário político, o Banco Central não deverá liberar reservas para conter a escalada da cotação da moeda norte-americana.
Segundo os analistas, o aumento das intervenções da autoridade monetária no mercado cambial diminuiria as reservas em pleno período de transição política, o que, segundo eles, "´não seria uma boa idéia para o governo".
Os analistas recomendam aos investidores cautela em suas aplicações financeiras, ante o enfraquecimento da economia e a ameaça de guerra dos EUA contra o Iraque, que levará o próximo presidente a assumir o governo sob condições adversas.
Entretanto, contrariando a insegurança do mercado em relação ao cenário político doméstico com a possibilidade crescente da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato de oposição, o comitê afirma que o PT sofreu "´várias mudanças internas, com Lula mais aberto ao diálogo".
Leia mais no especial Eleições 2002
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