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27/09/2002
-
20h04
da Folha de S. Paulo, em Palmas (TO)
Em tom emocionado de despedida antecipada de governo, o presidente Fernando Henrique Cardoso aceitou uma homenagem inédita: o nome da Ponte da Amizade e da Integração, que liga Palmas a Paraíso (TO), foi modificado, de surpresa, para Ponte Fernando Henrique Cardoso.
Ao som da música "Canção de Despedida", de Roberto Carlos, FHC descobriu, na placa inaugural, o nome verdadeiro da ponte e, declaradamente comovido, acompanhou alguns trechos da música: "Já está chegando a hora de ir...", "Só me resta agora dizer adeus...".
Em discurso para cerca de 11 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, o presidente disse hoje que seus dois mandatos _que terminam em cerca de três meses_ não foram tempo suficiente de serviço ao país.
"O meu adeus é condicionado. São quase oito anos de governo, fora os outros, em que ajudava a governar. Pensei que fosse tempo suficiente para ter servido ao meu país e ao meu povo. Mas nunca se sabe que outras tarefas, certamente não-presidenciais nem eletivas, o destino nos reserva", disse, aceitando a "missão" designada pelo governador Siqueira Campos (PFL), de continuar promovendo o desenvolvimento da Amazônia.
Sobre a homenagem, disse que aceitava apenas por se tratar do fim de governo. "Nunca aceitei que meu nome estivesse em nenhuma obra pública enquanto eu fui presidente. Para mim, foi uma surpresa e faço a exceção. Faço a exceção porque sinto que veio do coração de todo o povo do Tocantins. Faço exceção porque estou terminando o governo e ninguém dirá que foi feito com o objetivo de obter alguma vantagem. É expressão de carinho, e carinho ninguém pode recusar."
A Ponte Fernando Henrique Cardoso, sobre o lago de Palmas, tem mais de 8,5 km de extensão. Custou R$ 146 milhões de recursos do governo estadual.
O senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB), filho do governador, fez referência à candidatura de José Serra em seu discurso durante a inauguração. Disse que defende seu pai de críticas da oposição por onde passa levando "o nome de José Serra, nosso candidato". Ele também fez menção indireta ao candidato ao governo do Tocantins, Marcelo Miranda (PSDB), ao cumprimentar a mulher, que estava na platéia, como "futura primeira-dama".
Veja também o especial Eleições 2002
FHC batiza obra com seu nome e canta música de Roberto Carlos
LEILA SUWWANda Folha de S. Paulo, em Palmas (TO)
Em tom emocionado de despedida antecipada de governo, o presidente Fernando Henrique Cardoso aceitou uma homenagem inédita: o nome da Ponte da Amizade e da Integração, que liga Palmas a Paraíso (TO), foi modificado, de surpresa, para Ponte Fernando Henrique Cardoso.
Ao som da música "Canção de Despedida", de Roberto Carlos, FHC descobriu, na placa inaugural, o nome verdadeiro da ponte e, declaradamente comovido, acompanhou alguns trechos da música: "Já está chegando a hora de ir...", "Só me resta agora dizer adeus...".
Em discurso para cerca de 11 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, o presidente disse hoje que seus dois mandatos _que terminam em cerca de três meses_ não foram tempo suficiente de serviço ao país.
"O meu adeus é condicionado. São quase oito anos de governo, fora os outros, em que ajudava a governar. Pensei que fosse tempo suficiente para ter servido ao meu país e ao meu povo. Mas nunca se sabe que outras tarefas, certamente não-presidenciais nem eletivas, o destino nos reserva", disse, aceitando a "missão" designada pelo governador Siqueira Campos (PFL), de continuar promovendo o desenvolvimento da Amazônia.
Sobre a homenagem, disse que aceitava apenas por se tratar do fim de governo. "Nunca aceitei que meu nome estivesse em nenhuma obra pública enquanto eu fui presidente. Para mim, foi uma surpresa e faço a exceção. Faço a exceção porque sinto que veio do coração de todo o povo do Tocantins. Faço exceção porque estou terminando o governo e ninguém dirá que foi feito com o objetivo de obter alguma vantagem. É expressão de carinho, e carinho ninguém pode recusar."
A Ponte Fernando Henrique Cardoso, sobre o lago de Palmas, tem mais de 8,5 km de extensão. Custou R$ 146 milhões de recursos do governo estadual.
O senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB), filho do governador, fez referência à candidatura de José Serra em seu discurso durante a inauguração. Disse que defende seu pai de críticas da oposição por onde passa levando "o nome de José Serra, nosso candidato". Ele também fez menção indireta ao candidato ao governo do Tocantins, Marcelo Miranda (PSDB), ao cumprimentar a mulher, que estava na platéia, como "futura primeira-dama".
Veja também o especial Eleições 2002
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