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28/09/2002
-
07h25
da Folha de S.Paulo
A oito dias das eleições, o comando da candidatura do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta conquistar o voto dos evangélicos, especialmente dos indecisos.
O objetivo do coordenador da mobilização entre evangélicos, pastor Geziel Antônio dos Santos, é aumentar em pelo menos 10% a votação de Lula entre esses indecisos.
Pesquisa Datafolha, feita entre os dias 19 e 20 de setembro, informa que o candidato Anthony Garotinho (PSB) lidera a disputa presidencial entre os evangélicos pentecostais, com 42% das intenções de voto contra 27% de Lula. Entre esse segmento, José Serra (PSDB) aparece com 15%, e Ciro Gomes (PPS), com 8%.
No entanto, o petista já lidera entre os não pentecostais com 41% contra 28% de Garotinho. Serra tem 14%, e Ciro, 10%.
O Datafolha ouviu 3.718 eleitores entre os dias 19 e 20 de setembro, em 224 municípios.
Garotinho é membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, do ramo evangélico não-pentecostal, ou seja, de igrejas protestantes surgidas de cismas católicos, como as igrejas Baptista, Metodista e Luterana.
Os evangélicos pentecostais, por sua vez, são membros de igrejas protestantes que acreditam na manifestação direta do Espírito Santo sobre os fiéis, operando milagres, como a Assembléia de Deus, a Congregação Cristã no Brasil e Igreja Universal do Reino de Deus.
Para conquistar evangélicos de todos os ramos, há cerca de 20 mil militantes petistas distribuindo panfletos intitulados "Carta aos Evangélicos" nas portas das igrejas da capital, grande São Paulo e Campinas. No resto do país, o corpo-a-corpo está sendo feito por grupos de trabalho setoriais. A carta também está sendo enviada pelo correio.
O secretário nacional de mobilização do PT, Francisco Campos, informa que foram produzidos cerca de 10 milhões de panfletos específicos para esse segmento, além de adesivos com a frase "Sou evangélico, boto fé e digo Lula".
O comitê "Evangélicos Pró-Lula" também está cadastrando fiéis pela internet para enviar, via correio, material de propaganda da campanha. O texto do e-mail estimula as pessoas a distribuir esses materiais e pede autorização para incluir o nome do destinatário num manifesto setorial de adesão à candidatura.
Santos diz que será impossível fazer contato com todas as comunidades evangélicas do país -há cerca de 26 milhões de evangélicos no Brasil (15,45% da população). "Mas estamos fazendo contato com a maioria delas", assegura.
Para ele, o mais importante é aproximar Lula das comunidades."Ainda tem gente que pensa que Lula pretende fechar igrejas. Quando essas pessoas vêem que há evangélicos na campanha começam a pensar sem preconceito".
O grupo dos evangélicos aumentou 70,7% entre 91 e 2000.
Veja também o especial Eleições 2002
Lula tenta ganhar voto de evangélicos
GABRIELA ATHIASda Folha de S.Paulo
A oito dias das eleições, o comando da candidatura do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta conquistar o voto dos evangélicos, especialmente dos indecisos.
O objetivo do coordenador da mobilização entre evangélicos, pastor Geziel Antônio dos Santos, é aumentar em pelo menos 10% a votação de Lula entre esses indecisos.
Pesquisa Datafolha, feita entre os dias 19 e 20 de setembro, informa que o candidato Anthony Garotinho (PSB) lidera a disputa presidencial entre os evangélicos pentecostais, com 42% das intenções de voto contra 27% de Lula. Entre esse segmento, José Serra (PSDB) aparece com 15%, e Ciro Gomes (PPS), com 8%.
No entanto, o petista já lidera entre os não pentecostais com 41% contra 28% de Garotinho. Serra tem 14%, e Ciro, 10%.
O Datafolha ouviu 3.718 eleitores entre os dias 19 e 20 de setembro, em 224 municípios.
Garotinho é membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, do ramo evangélico não-pentecostal, ou seja, de igrejas protestantes surgidas de cismas católicos, como as igrejas Baptista, Metodista e Luterana.
Os evangélicos pentecostais, por sua vez, são membros de igrejas protestantes que acreditam na manifestação direta do Espírito Santo sobre os fiéis, operando milagres, como a Assembléia de Deus, a Congregação Cristã no Brasil e Igreja Universal do Reino de Deus.
Para conquistar evangélicos de todos os ramos, há cerca de 20 mil militantes petistas distribuindo panfletos intitulados "Carta aos Evangélicos" nas portas das igrejas da capital, grande São Paulo e Campinas. No resto do país, o corpo-a-corpo está sendo feito por grupos de trabalho setoriais. A carta também está sendo enviada pelo correio.
O secretário nacional de mobilização do PT, Francisco Campos, informa que foram produzidos cerca de 10 milhões de panfletos específicos para esse segmento, além de adesivos com a frase "Sou evangélico, boto fé e digo Lula".
O comitê "Evangélicos Pró-Lula" também está cadastrando fiéis pela internet para enviar, via correio, material de propaganda da campanha. O texto do e-mail estimula as pessoas a distribuir esses materiais e pede autorização para incluir o nome do destinatário num manifesto setorial de adesão à candidatura.
Santos diz que será impossível fazer contato com todas as comunidades evangélicas do país -há cerca de 26 milhões de evangélicos no Brasil (15,45% da população). "Mas estamos fazendo contato com a maioria delas", assegura.
Para ele, o mais importante é aproximar Lula das comunidades."Ainda tem gente que pensa que Lula pretende fechar igrejas. Quando essas pessoas vêem que há evangélicos na campanha começam a pensar sem preconceito".
O grupo dos evangélicos aumentou 70,7% entre 91 e 2000.
Veja também o especial Eleições 2002
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