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Tarso diz que fazer dossiê não é crime e defende seu uso político, informa jornal
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Justiça) defendeu a elaboração de dossiês para levantar informações sobre despesas com recursos públicos em entrevista publicada na edição desta sexta-feira do jornal "Correio Braziliense". A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o vazamento do dossiê com informações dos gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso.
Na entrevista, Tarso diz que "fazer um dossiê não é um ato criminalizável". Para o ministro, crime é "vazar documentos e não fazer o dossiê".
"Fazer relatórios, organizar dossiês de natureza política, coletar dados, fazer anotações para uso do administrador, nada disso é um tipo penal", disse Tarso. "Seria criminalizável, por exemplo, vazar documentos para alguém fazer dossiê. Novamente o crime seria vazar os documentos e não fazer o dossiê.'
Ao ser questionado se é correto usar informações com o objetivo de dar um destino político, o ministro disse: "Não só é correto, como é necessário. É feito por todos os administradores responsáveis", afirmou ele. Em seguida, Tarso disse: "Isso não é ilegal nem estranho".
Tarso negou ainda que houvesse "anotações à margem" do documento apontado como dossiê, identificando em particular os gastos com viagens da ex-primeira-dama Ruth Cardoso.
"No caso da Casa Civil não tenho nenhuma indicação que ela tenha feito qualquer anotação para usar contra qualquer pessoa", disse o ministro, negando eventuais observações feitas pela Casa Civil. "O que é ilegal é o roubo da informação. É preciso deixar muito claro, para não transformar um inquisitório policial em um inquisitório político."
Tarso afirmou também que o responsável pelo vazamento de informações sigilosas de FHC será punido. "Essa pessoa seria indiciada, seja ela quem for", afirmou o ministro.
Segundo ele, a polícia não fará uma investigação direcionada porque se isso ocorrer estaria ameaçando sua credibilidade. "A Polícia Federal tem dado demonstrações históricas de autonomia e autoridade."
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"Segundo o parecer da Procuradoria, "com exceção das imputações feitas nas referidas representações --imputações que não se confirmaram-- não consta dos autos sequer indícios da participação da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, do ministro da Justiça Tarso Genro e do ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da República, nos fatos noticiados, nenhuma prova de que partiu da primeira a ordem para a elaboração do dossiê ou para a divulgação dos dados, nem da omissão dos demais na apuração dos fatos". "
Tá bom, vou fazer de conta que eu acredito.
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Só espero que o senado barre essa aquisição do TCU. Se for eleição 50% + 1 ela tá dentro, mas se tiver que ser 2/3 do senado, temos alguma chance para que isso não ocorra.
Prefiro o Múcio, pois não é fiel a ninguém, só a ele mesmo e assim alguma falcatrua sempre sobra e nós ficamos sabendo e podemos pressionar, com a Eunice isso não aocnteceria, apenas o que fosse oposição, o que fosse da casa seria suprimido.
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