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Conselho indígena critica possibilidade de redução de reserva em Roraima
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ANDREZZA TRAJANO
Colaboração para a Agência Folha, em Boa Vista
A possibilidade de o STF (Supremo Tribunal Federal) reduzir a extensão da terra indígena Raposa/Serra do Sol (nordeste de Roraima) foi criticada pelo CIR (Conselho Indígena de Roraima) e elogiada pela Sodiur (Sociedade de Defesa dos Índios do Norte de Roraima) e por lideranças dos arrozeiros que deveriam deixar a área.
O coordenador do CIR, o índio macuxi Dionito Souza, que defende o uso da Raposa/Serra do Sol exclusivo dos indígenas, chamou a possibilidade de "brincadeira de mau gosto".
"Isso está virando uma novela, uma brincadeira de mau gosto. Estão querendo de fato matar os povos indígenas. Nós temos uma luta de muitos anos e o governo federal reconheceu. Não somos crianças nem objetos, queremos que os nossos direitos sejam respeitados."
Conforme o coordenador do CIR, se os rizicultores ocupam apenas 1% da terra indígena, como dizem, eles podem ocupar esse pequeno espaço em outra área do Estado e deixar a região para que os índios possam produzir.
"Se preciso for, treinaremos o nosso pessoal para mexer em máquinas pesadas", disse.
Ainda segundo Souza, a suspensão da Operação Upatakon 3, que retiraria os habitantes não-índios da terra indígena, já prejudicou os povos indígenas e uma nova decisão diminuindo a terra indígena tornaria um conflito inevitável.
Já o presidente da Associação dos Rizicultores de Roraima, Paulo César Quartiero, vê a possibilidade com bons olhos.
"Dentro do maior vazio demográfico do mundo, que é Roraima, não existe possibilidade de amparar os moradores na imensa vastidão existente", disse. Para ele, a homologação da terra indígena em "ilhas" seria "a volta do bom senso".
Com o mesmo entendimento, o presidente da Sodiur, o índio macuxi Lauro Barbosa, disse que uma nova demarcação, deixando de fora áreas produtivas e propriedades com títulos definitivos, acabaria com o clima de confronto permanente na região.
"Essa área é muito grande, e mesmo que diminua ainda sobrará muita terra para os indígenas produzirem. Sempre defendemos a demarcação em ilhas, porque entendemos a importância dos produtores e dos moradores antigos da região."
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A ambição por terras e o melhor negócio que existe, não precisa plantar nas terras é consegui-las, sendo esse o principal objetivos dos índios e dos fazendeiros, depois vem o negocio para quem trabalha é honesto e desenvolve a terra.
Para esse vai sobrar a oportunidade de arrendar essas terras, comprar essa terras de Índios e Fazendeiros e outros oportunistas e tirar o lucro que a terra pode propiciar.
Interessante ninguem fala que os sem terra daquela região que estão lá a mais de 20 anos estão produzindo, tantas toneladas de Arroz, de Soja de feijão, de milho.
Ninguem fala isso que os Índios tambem estão produzindo o mesmo nas terras que ganharão de presente da União, ninguem fala nada e todos querem as terras os objetivos são divernos!
O primeiro ojjetivo e os bons emprestimos do governo Federal com os Bancos Publicos, já estão por lá o BNDES, e a CEF.
Bem todos querem o principal o cerne sem precisarem trabalhar, depois da valorização vai vir o negocio e o dinheiro da vendo ou do Arrendamento e é claro vai ter uma lei que vai aprovar que os Índios possam vender parte das suas reservas que os assentados do MST, tambem possam vender e assim vai indo.
Apareceu esses dias na TV que assentados a mais de dois anos não conseguiam produzir nada e olhem que tem o MST por traz de tudo.
Muitos já venderam os lotes.
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