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08/10/2002 - 16h54

Freire e Ciro Gomes declaram apoio "irrestrito" a Lula

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

O presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire, e o candidato do partido derrotado no primeiro turno, Ciro Gomes, declararam nesta tarde apoio "incondicional e irrestrito" à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o segundo turno do processo eleitoral de 2002. O anúncio foi feito logo após um encontro pessoal entre Ciro e Freire.

"O partido com temos maior afinidade é o PT. É com a candidatura de Lula que temos maior convergência", disse Freire, justificando a posição do partido para o segundo turno.

Freire conversou ontem à noite com o presidente nacional do PT, José Dirceu, e acertou os detalhes do apoio, mas queria conversar com Ciro antes de formalizar e divulgar a decisão.

"Estou convocando a militância do PPS a colaborar com o PT nesta fase da campanha. O que posso dar como colaboração à candidatura Lula é meu depoimento de apoio", disse Ciro.

Ciro Gomes tem dito a interlocutores que apesar de ser simpático à idéia de apoiar Lula contra José Serra (PSDB), estaria se sentindo 'constrangido' em declarar isso publicamente.

O ex-governador do Ceará alega que não gostaria de se posicionar de maneira contrária à de seu padrinho político, Tasso Jereissati, que é membro do PSDB e já declarou apoio à campanha de Serra.

No entanto, Ciro acabou acatando a decisão da cúpula do PPS e declarou seu apoio à candidatura de Lula. "Estou à disposição de Lula para colaborar da forma como ele julgar necessária. Quem melhor representa uma candidatura de oposição e de renovação é o Lula."

Entretanto, o apoio do PPS ao PT se reume à sucessão presidencial. O partido decidiu apoiar no segundo turno das eleições para o governo do Ceará irá apoiar o candidato do PSDB, Lúcio Alcântara, que disputa o cargo com o petista José Airton. "Não existe nenhuma incongruência em declarar esse apoio. Lula é nosso candidato para a Presidência, por representar uma oposição ao governo atual", disse Ciro.

Segundo Ciro não é hora de ressaltar as diferenças entre os programas do PPS e do PT e sim de apontas as semelhanças, justificando as críticas feitas a Lula durante a primeira fase do processo eleitoral.

Futuro de Ciro
Apesar de não haver nenhuma confirmação oficial, especula-se que Ciro poderá até mesmo ser convidado para participar de um eventual governo petista caso declare seu apoio a Lula.

O PT, entretanto, informou que não vai e nem pode negociar cargos com futuros aliados antes de uma confirmação da vitória nas urnas. Para abafar esse tipo de rumor, Ciro Gomes disse que seu futuro político "a Deus pertence".

Diferentemente de Anthony Garotinho, do PSB, que chegou a fazer exigências para apoiar Lula, o PPS informou que sua posição não está vinculada à nenhuma imposição. "Se o Lula quiser conversar sobre o governo, pode nos chamar na hora que quiser. Não estamos fazendo exigência nenhuma."

Para Ciro, o tipo de participação que terá na campanha de Lula será definido pela coordenação de campanha do PT.

Leia mais no especial Eleições 2002
 

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