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14/05/2008 - 10h35

Bancada ruralista festeja saída de Marina do cargo

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da Folha de S.Paulo, em Brasília
da Agência Folha, em Cuiabá

Adversários de Marina Silva em questões como o uso de transgênicos e pecuária extensiva, integrantes da bancada ruralista no Congresso criticaram a atuação da ministra no Meio Ambiente. Mas ela também recebeu elogios no Senado de governistas e da oposição.

Vice-presidente da CNA (Confederação Nacional de Agricultura) e produtora agrícola, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) reconheceu a importância política de Marina, mas criticou sua atitude ideológica frente à pasta.

"Sem demagogia, eu tenho admiração pela história e a vida da ministra. Só que ela tem um componente ideológico fortíssimo que atrapalha o Brasil a crescer", afirmou ela. "Quando se exagera no protecionismo você incentiva o crime. Quanto mais punitivo, mais você empurra a pessoa para o crime."

Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos líderes da bancada ruralista na Câmara, lembrou que Marina dificultou os avanços na área tecnológica. "Os problemas que ela criou o próprio governo é que tem de explicar."

Caiado, contudo, disse que preferiria "não crucificá-la". "Afinal, ela não tomou as decisões sozinha. Sempre teve o apoio do presidente", disse. "Até tenho muito respeito por ela. É uma das poucas pessoas no governo que têm posição."

O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que a gestão da ministra representou um atraso para o país e que ela demorou para deixar o cargo. "A saída dela pode fazer com que o bom senso seja retomado nas questões ambientais. Havia uma carga ideológica muito forte, um preconceito contra o agronegócio." "Ela atrasou muito o Brasil com a irracionalidade no trato de questões como os transgênicos."

Para o deputado Marcos Montes (DEM-MG), Marina "tem uma atitude extremamente pontuada na defesa do meio ambiente, mas desconectada do processo produtivo do mundo inteiro". "Acho que ela exagerou nas medidas que tomou. A saída foi muito boa, Lula marcou mais um gol."

Elogios

No Senado, porém, integrantes da oposição e do governo lamentaram a saída da ministra. "É uma perda muito grande. O governo precisa escolher muito bem quem vai substituí-la para não colocar em jogo a soberania da Amazônia", disse o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).

"É lamentável, porque ela é uma voz muito forte nos fóruns internacionais", disse o líder do PSB, Renato Casagrande (ES).

A líder do PT, Ideli Salvatti (SC), afirmou que ela será recebida de "braços abertos", mas disse "estar chateada" com a saída de Sibá Machado (PT), suplente de Marina no Senado.

"A senadora é hoje patrimônio da história do Acre e sai de cabeça erguida", disse o senador petista Tião Viana (AC).

Segundo a assessoria do Ministério da Agricultura, o ministro Reinhold Stephanes "lamentou" a decisão de Marina. "Stephanes fez questão de destacar o bom relacionamento mantido entre ambos e reconheceu o papel significativo de Marina Silva na defesa das causas ambientais do país."

Produtores

O presidente da Famato (que representa agricultores e pecuaristas de MT), Rui Ottoni Prado, disse esperar que "seja indicado alguém com capacidade de discutir questão ambiental e desenvolvimento econômico de forma integrada".

O presidente da Associação dos Produtores de Soja de MT, Gláuber Silveira, chamou a saída de "providencial". "Ela vinha prejudicando a imagem do Brasil no exterior, ao divulgar dados errados sobre o desmatamento." O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte, José Eduardo Pinto, disse que a notícia traz "esperança". O governador Blairo Maggi (PR-MT), que defendeu o desmatamento legalizado para enfrentar a crise global de alimentos, não quis se pronunciar.

Comentários dos leitores
José Alberto (118) 25/06/2009 20h22
José Alberto (118) 25/06/2009 20h22
VAMOS COMEÇAR POR BAIXO: AMERICANOS NÃO TEEM NEM UM PAU ANTIGO, DESMATARAM TUDO,CHINESES NÃO TEEM NEM UM PAU ANTIGO, INDIA NÃO TEEM NEM UM PAU ANTIGO, RUSSIA NÃO TEEM NEM UM PAU ANTIGO, FRANÇA ENTÃO ONDE VAI POR UM PAU ANTIGO SE É TÃO PEQUENA COMO O NOSSO O QUE SEM DEFINIÇAÕ, ALEMANHA, JAPÃO,EM TODO LUGAR QUE SE OLHA SÓ TEEM DESTRUIÇAO DE FLORESTA E O QUE RESTA E ESTÃO ACABANDO COM ELA TB ....AMAZONIA........E OS BRASILEIROS A ESTÃO ABANDONANDO...QUE PREÇO PAGAMOS PARA ASSSSINATOS....ACEITAMOS.... sem opinião
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sostenes lima de alencar (7) 06/06/2009 16h54
sostenes lima de alencar (7) 06/06/2009 16h54
carlos minc já deveria ter caído há tempos esse cidadão desde o inicio se envolve em atritos e agora vai ter que explicar no congresso sua presença na marcha da maconha,num momento em que a violencia explode sustentada pelas drogas o que é isso gente? sem opinião
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Sudeste/ sudestino (110) 03/06/2008 16h34
Sudeste/ sudestino (110) 03/06/2008 16h34
Shouthem Brazil Lumber & Colonization Company do norte-americano Percival Faquhar, recebeu do governo brasileiro autorização para colonizar Paraná e Santa Catarina.
A empresa enviou do Paraná para os EUA, 250 milhões de pinheiros da espécie araucária documentados, chegando a 750 milhões de forma ilegal.
Em Santa Catarina o norte-americano mandou para os EUA 800 milhões de árvores.
A conseqüência dessa colonização estrangeira foi a guerra do contestado de 1912 a 1916.
Fonte: Wikipédia - Destino Manifesto
5 opiniões
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