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09/10/2002
-
12h15
da Folha Online, no Rio de Janeiro
O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PSB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais, e o presidente de seu partido, Miguel Arraes, declararam hoje o apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A posição do partido deve ser oficializada somente amanhã, após o encontro da Executiva Nacional, em Brasília.
Garotinho disse que só agora decidiu apoiar Lula, porque não havia encontrado como lidar com o PT do Rio de Janeiro. Os dois partidos que foram aliados na disputa pelo governo do Estado em 1998 racharam e foram rivais na sucessão estadual, na qual Rosinha Garotinho (PSB) venceu no primeiro turno Benedita da Silva (PT).
A saída, segundo Garotinho, foi fazer um palanque do próprio PSB para Lula no Estado, separado do palanque do PT do Rio. "Nós não vamos subir no palanque onde estiver o PT do Rio", afirmou.
Garotinho descartou completamente a possibilidade de apoiar José Serra (PSDB) e disse que o PSB não ficaria neutro nesse segundo turno. "Há uma grande possibilidade da oposição ter um resultado extraordinário na eleição", afirmou.
"Essa questão [de apoiar o PT] é nacional. Entendemos que essa questão nacional é prioritária para defender o nosso país. Esse governo Fernando Henrique Cardoso foi muito ruim, maltratou o povo brasileiro e nós não vamos apoiá-lo", disse. "Fiz a minha campanha à esquerda do Lula. Como iria apoiar o Serra?"
Garotinho disse que não vai impor condições ao apoio, apenas vai deixar claro as diferenças entre os programas de cada legenda. Segundo ele, a intenção é marcar a posição do PSB sobre cinco temas: acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), Alca (Área de Livre Comércio das Américas), base aérea de Alcântara (no Maranhão), salário mínimo e o tratamento às Forças Armadas.
Miguel Arraes se encontra hoje à tarde em Brasília com o presidente do PT, José Dirceu. Na reunião, o presidente do PSB irá expor os cinco pontos divergentes dos partidos.
Arraes disse que não se trata de condições para o apoio, mas que essas posições que serão apresentadas servirão de base para saber que tipo de apoio o PSB terá se Lula se eleger. No entanto, ele afirmou que o partido não está condionando apoio e que o PSB não vai "fazer barganha nenhuma com o PT".
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Garotinho anuncia apoio a Lula, mas quer palanque separado do PT
ANA PAULA GRABOISda Folha Online, no Rio de Janeiro
O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PSB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais, e o presidente de seu partido, Miguel Arraes, declararam hoje o apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A posição do partido deve ser oficializada somente amanhã, após o encontro da Executiva Nacional, em Brasília.
Garotinho disse que só agora decidiu apoiar Lula, porque não havia encontrado como lidar com o PT do Rio de Janeiro. Os dois partidos que foram aliados na disputa pelo governo do Estado em 1998 racharam e foram rivais na sucessão estadual, na qual Rosinha Garotinho (PSB) venceu no primeiro turno Benedita da Silva (PT).
A saída, segundo Garotinho, foi fazer um palanque do próprio PSB para Lula no Estado, separado do palanque do PT do Rio. "Nós não vamos subir no palanque onde estiver o PT do Rio", afirmou.
Garotinho descartou completamente a possibilidade de apoiar José Serra (PSDB) e disse que o PSB não ficaria neutro nesse segundo turno. "Há uma grande possibilidade da oposição ter um resultado extraordinário na eleição", afirmou.
"Essa questão [de apoiar o PT] é nacional. Entendemos que essa questão nacional é prioritária para defender o nosso país. Esse governo Fernando Henrique Cardoso foi muito ruim, maltratou o povo brasileiro e nós não vamos apoiá-lo", disse. "Fiz a minha campanha à esquerda do Lula. Como iria apoiar o Serra?"
Garotinho disse que não vai impor condições ao apoio, apenas vai deixar claro as diferenças entre os programas de cada legenda. Segundo ele, a intenção é marcar a posição do PSB sobre cinco temas: acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), Alca (Área de Livre Comércio das Américas), base aérea de Alcântara (no Maranhão), salário mínimo e o tratamento às Forças Armadas.
Miguel Arraes se encontra hoje à tarde em Brasília com o presidente do PT, José Dirceu. Na reunião, o presidente do PSB irá expor os cinco pontos divergentes dos partidos.
Arraes disse que não se trata de condições para o apoio, mas que essas posições que serão apresentadas servirão de base para saber que tipo de apoio o PSB terá se Lula se eleger. No entanto, ele afirmou que o partido não está condionando apoio e que o PSB não vai "fazer barganha nenhuma com o PT".
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