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17/10/2002 - 03h32

Deputado é acusado de improbidade administrativa no Paraná

JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Londrina

O deputado federal reeleito Ricardo Barros (PPB-PR), vice-líder do governo na Câmara, sofre ação civil pública por improbidade administrativa no Paraná. Barros é, juntamente com o ex-secretário de Fazenda de Maringá (PR) Luiz Antônio Paolicchi, acusado do desvio de R$ 8,7 milhões durante sua gestão como prefeito de Maringá, entre 1989 e 1992.

A ação foi protocolada no dia 3, mas mantida sobre segredo de Justiça pelo juiz eleitoral Shiroshi Yendo durante o período de eleições para a Câmara, para evitar influência no processo eleitoral. Barros, que foi reeleito, nega as irregularidades e acusa o promotor José Aparecido Cruz de tentar prejudicá-lo em período eleitoral.

O promotor Cruz apura irregularidades em três gestões no município de Maringá. Neste período, Paolicchi cuidou das contas do município. Ele foi o contador municipal na gestão de Ricardo Barros (então no PFL), de 89 a 92.

Depois foi elevado ao cargo de secretário municipal de Fazenda nas administrações de Said Ferreira (PMDB), de 93 a 96, e de Jairo Gianoto (PSDB), de 99 a 2000. Gianoto foi afastado por decisão judicial em 2000, quando foi decretada a prisão de Paolicchi.

De acordo com levantamento do Tribunal de Contas do Paraná, os desvios em Maringá passam de R$ 107 milhões. Dos acusados, o único preso é o ex-secretário Paolicchi, que nega ser responsável. O montante desviado na gestão de Ricardo Barros foi de R$ 8,7 milhões, segundo investigações do Ministério Público do Paraná.

Entre os desvios apontados, estão gastos com subvenção do Grêmio de Maringá (equipe de futebol profissional), despesas irregulares com eventos esportivos e emissão de cheques da conta da prefeitura diretamente para a conta particular de Paolicchi.

Além de Barros, sofrem ações do Ministério Público, por improbidade administrativa, os ex-prefeitos Ferreira e Gianoto, que negam todas as acusações. Levantamento do Ministério Público do Paraná aponta que dos R$ 107 milhões desviados, a maior parcela ocorreu na gestão de Gianoto .

Veja também o especial Eleições 2002
 

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