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18/10/2002 - 21h35

Beatriz Segall diz ter medo de patrulha do PT em horário de Serra

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Depois de Regina Duarte, o programa eleitoral de TV do candidato do PSDB, José Serra, mostrou o depoimento da atriz Beatriz Segall em defesa da liberdade de expressão e contrário à virtual perseguição contra as declarações de Regina. Beatriz afirmou no horário do tucano que também está com medo.

"Eu tenho medo. Também estou com medo de não poder dizer que estou com medo, de ser ameaçada de processo por discordar. Tenho medo de alguém que recorre a ofensas pessoais. Não tenho medo das atrizes mais jovens, a quem sempre dou minha ajuda", disse Beatriz Segall, criticando as declarações dadas por Paloma Duarte no programa do petista Luiz Inácio Lula da Silva. Paloma Duarte criticou a "campanha do medo" criada por Regina Duarte em torno de uma eventual vitória de Lula.

"Quero uma democracia sem pressões, em que eu possa dizer o que eu quiser", disse Beatriz Segall, que ficou conhecida pela personagem Odete Reutmann, da novela Vale Tudo, da "TV Globo", de 1988.

Além de insistir na estratégia do medo, a campanha de Serra começou com uma paródia do jingle petista "Lula lá". Só que em vez de "Lula lá, um coro vestindo camisetas da campanha de Serra cantava "Serra lá, brilha uma estrela".

Logo depois, o locutor do programa apareceu e disse que ouvir certas afirmativas feitas durante a campanha por Lula era tão estranho quanto "soa estranho ouvir esta música aqui".

O programa do tucano voltou a fazer uma comparação entre a biografia de Serra e Lula, tentando mostrar para o eleitor que enquanto o petista está desde 1989 tentando ser presidente, o tucano está se preparando para ocupar o cargo.

Em busca do voto dos indecisos, o programa mostrou, numa espécie de "novela", o diálogo entre mãe e filha. Nele, a filha declara que vai votar em Serra e escuta um "ótimo" da mãe. "Mas você não ia votar no Lula?", pergunta a filha. A resposta da mãe é que agora ela está indecisa.

Numa outra "mini-novela", mãe e filha comparam as diferenças entre o governo petista e o tucano. Falam da casa do "vovô que está toda verde e amarela". E reclamam do governo vermelho que o PT fez no Rio Grande do Sul.

No programa, Serra faz um apelo ao que chamou de "espírito de voluntariado" e afirmou que os problemas do país são grandes demais para depender apenas da ação do Estado.

O programa listou as propostas de Serra para as ações de apoio à família, como a bolsa-escola, a bolsa-alimentação e ações para a terceira idade, intercaladas por declarações de pastores evangélicos e padres católicos.

O programa mostra problemas, como a falta de renda familiar, a pobreza, jovens sem ter o que fazer, sem diversão, que serão "jogados para o mundo das drogas".

Para Serra, problemas como esse não serão resolvidos apenas com dinheiro. "É preciso dar um choque de valores. Um sentimento que se encontra na família. Valor é uma coisa boa. Casamento é coisa séria. Ter filhos é um passo importante. Não se pode ser feliz enquanto outros passam fome. O povo brasileiro é generoso. Quero cuidar da família, porque valores da ética, trabalho são fundamentais para enfrentar problemas como corrupção e crime."

Veja também o especial Eleições 2002
 

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