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27/10/2002 - 21h24

Veja o perfil de Marisa, a "galega" de Lula

da Folha Online

Marisa Letícia da Silva, 52, mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chega ao Palácio do Planalto com o desejo de imprimir um novo perfil ao posto de primeira-dama do Brasil, ocupado hoje pela antropóloga Ruth Cardoso.

Pela primeira vez nas quatro campanhas de Lula, Marisa esteve ao lado do marido o tempo todo, em palanques, comícios, debates e caminhadas, principalmente pela necessidade de conquista do voto feminino. Antes, ficava de fora dos holofotes e do burburinho da mídia.

Chamada carinhosamente de "galega" por Lula, teve participação importante na história do PT. Em fevereiro de 1980, foi ela quem confeccionou a primeira bandeira do partido: vermelha com uma estrela branca. "Eu tinha um tecido vermelho, italiano, um recorte guardado há muito tempo. Costurei a estrela branca no fundo vermelho. Ficou lindo."

Casada há 28 anos, Marisa viu com naturalidade sua casa se transformar em QG primeiramente de discussões sindicais e mais tarde de contestações políticas. Os almoços de domingo em casa sempre estiveram abertos a metalúrgicos, militantes e amigos de partido.

Na época das grandes greves, ajudou a organizar passeatas de mães e filhos de metalúrgicos, em 1980, quando os líderes estavam presos e o sindicato sofreu intervenção.

No mesmo ano, quando o PT foi fundado, o endereço do casal passou a ser do partido. Para ajudar a arrecadar dinheiro à legenda, a casa era usada para confeccionar camisetas vermelhas com estrelas brancas.

Desde então, junto com o crescimento do PT, Marisa passou por um processo de mudança, sob a orientação do publicitário Duda Mendonça, que comandou o marketing da campanha eleitoral do PT em 2002. Ganhou um guarda-roupa novo, recheado de terninhos modernos e um corte de cabelo que valoriza as feições italianas.

A primeira-dama diz não se deslumbrar com a chegada ao poder. Para ela, será mais um trabalho, como todos os que já fez desde os 9 anos, quando começou a trabalhar como pajem. Aos 13, ainda sem carteira de trabalho, foi embalar bombons na fábrica Dulcora, em São Bernardo, onde ficou até os 21 anos.

Antes de Lula e Marisa se conhecerem, os dois eram viúvos. Foi a viuvez que os aproximou. Para receber a pensão do marido morto, Marisa precisava protocolar um documento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na época dirigido por Lula.

Depois de Lula insistir muito, Marisa acabou cedendo aos apelos e aceitou um encontro. O cenário do almoço foi o restaurante São Judas, no bairro Demarchi, em São Bernardo. É lá que vários dirigentes petistas se encontram para discutir assuntos políticos, pessoais e aproveitar para comer o frango com polenta, especialidade da casa.

Entre o primeiro encontro e o casamento foram sete meses. Casada com Lula, Marisa tornou-se funcionária da rede municipal de ensino. Largou o emprego para cuidar dos filhos. Além de Marcos (do primeiro casamento de Marisa), eles tiveram mais três.

Entre os hábitos de Lula que mais irritam Marisa, está a bagunça que costuma deixar na cozinha.

Ela promete inovar no posto de primeira-dama. Diz não fazer parte de sua personalidade passar a tarde em eventos beneficentes ou sociais.

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