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13/12/2002
-
18h04
O empresário Luiz Fernando Furlan, 55, que será o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, é presidente do Conselho de Administração da Sadia, a maior agroindústria brasileira.
Furlan é um dos 20 netos do fundador da empresa, Attilio Francisco Xavier Fontana. A Sadia exporta cerca de US$ 700 milhões, por ano, em produtos à base de aves, carne bovina e suína para países da União Européia, Oriente Médio e Ásia, mas tem exportações pequenas para os Estados Unidos em razão de barreiras tarifárias e fitossanitárias.
O empresário também é o segundo vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e um amigo de Horácio Lafer Piva, presidente da entidade.
Furlan já havia sido sondado para o Ministério do Desenvolvimento pelo presidente Fernando Henrique Cardoso no final de 1999, mas não quis substituir o então ministro Clóvis Carvalho, considerado um defensor da produção industrial, que caiu depois de um choque com Pedro Malan (Fazenda).
Na época, o presidente do Conselho de Administração da Sadia entendeu que a desavença, que ficou conhecida como a disputa entre "monetaristas" e "desenvolvimentistas" do governo tucano, enfraqueceu o Desenvolvimento.
A aproximação entre Furlan e a equipe de Lula se deu por declarações do empresário que iam ao encontro das idéias do novo governo, como sua posição sobre a Alca (Área Livre de Comércio das Américas): "A Alca não é obrigatória. Ela só é interessante na medida em que tenhamos vantagens".
Outro ponto em comum entre Furlan e a equipe de Lula é sua proposta de estímulo à exportação. O empresário defende a criação de um órgão coordenador do comércio exterior nos mesmos moldes da United States Trade Representative (USTR), dos EUA, ligado ao presidente da República.
O novo ministro quer que o país defina setores nos quais possa ser competitivo. Recentemente, na Fiesp, calculou que as exportações brasileiras, que devem encerrar este ano em algo perto de US$ 12 bilhões, podem chegar a US$ 16 bilhões em 2003.
Veja também o especial Governo Lula
Saiba mais sobre Furlan, ministro do Desenvolvimento de Lula
da Folha de S.PauloO empresário Luiz Fernando Furlan, 55, que será o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, é presidente do Conselho de Administração da Sadia, a maior agroindústria brasileira.
Furlan é um dos 20 netos do fundador da empresa, Attilio Francisco Xavier Fontana. A Sadia exporta cerca de US$ 700 milhões, por ano, em produtos à base de aves, carne bovina e suína para países da União Européia, Oriente Médio e Ásia, mas tem exportações pequenas para os Estados Unidos em razão de barreiras tarifárias e fitossanitárias.
Dado Galdieri/Folha Imagem Luiz Fernando Furlan |
Furlan já havia sido sondado para o Ministério do Desenvolvimento pelo presidente Fernando Henrique Cardoso no final de 1999, mas não quis substituir o então ministro Clóvis Carvalho, considerado um defensor da produção industrial, que caiu depois de um choque com Pedro Malan (Fazenda).
Na época, o presidente do Conselho de Administração da Sadia entendeu que a desavença, que ficou conhecida como a disputa entre "monetaristas" e "desenvolvimentistas" do governo tucano, enfraqueceu o Desenvolvimento.
A aproximação entre Furlan e a equipe de Lula se deu por declarações do empresário que iam ao encontro das idéias do novo governo, como sua posição sobre a Alca (Área Livre de Comércio das Américas): "A Alca não é obrigatória. Ela só é interessante na medida em que tenhamos vantagens".
Outro ponto em comum entre Furlan e a equipe de Lula é sua proposta de estímulo à exportação. O empresário defende a criação de um órgão coordenador do comércio exterior nos mesmos moldes da United States Trade Representative (USTR), dos EUA, ligado ao presidente da República.
O novo ministro quer que o país defina setores nos quais possa ser competitivo. Recentemente, na Fiesp, calculou que as exportações brasileiras, que devem encerrar este ano em algo perto de US$ 12 bilhões, podem chegar a US$ 16 bilhões em 2003.
Veja também o especial Governo Lula
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