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19/01/2003
-
04h00
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Ao menos três membros do primeiro escalão do governo recebem aposentadorias da Previdência Social e vão acumular esses ganhos com seus salários de ministros ou secretários de Estado. Um deles recebe ainda aposentadoria do extinto IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também faz parte desse rol de aposentados que terão pelo menos dois vencimentos mensais pagos pelos cofres públicos. Lula é aposentado como anistiado político e recebe cerca de R$ 2.000 líquidos mensais do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O secretário de Comunicação de Governo, Luiz Gushiken, é aposentado pelo INSS como bancário e pelo IPC, por ter sido deputado federal por 12 anos. Os R$ 990 do INSS e os R$ 3.500 do IPC vão se somar aos R$ 8.000 que Gushiken receberá do governo.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, recebe R$ 900 do INSS como advogado e complementa esse valor com R$ 400 da Carteira de Previdência dos Advogados. E uma carteira de previdência privada lhe rende mais cerca de R$ 3.000 por mês.
Tarso Genro, secretário de Desenvolvimento Econômico e Social, tem uma aposentadoria, também como advogado, de R$ 500 mensais do INSS.
"Franciscanos"
Há, no entanto, os "franciscanos", como definiu um assessor. Quatro ministros afirmaram que têm direito a aposentadorias ou pensões, mas que abriram mão dos vencimentos.
O ministro das Cidades, Olívio Dutra, deixou o governo gaúcho em dezembro e, a partir deste mês, teria direito a receber uma pensão como ex-governador. No último dia 13 ele enviou uma carta ao governador Germano Rigotto (PMDB) e pediu que o subsídio seja suspenso enquanto ele ocupar um cargo no governo federal. Sua assessoria não informou o valor do salário.
Ciro Gomes (Integração Nacional) é outro nessa situação. De acordo com sua assessoria, ele nunca reivindicou e não pretende reivindicar o recebimento das três aposentadorias a que teria direito -como prefeito de Fortaleza, deputado estadual e governador do Ceará-, que lhe renderiam cerca de R$ 21 mil por mês.
A assessoria de imprensa de Antonio Palocci (Fazenda) informou que ele teria direito a aposentadorias como vereador e prefeito de Ribeirão Preto (SP), deputado estadual e deputado federal, mas abriu mão de todas elas.
Anderson Adauto (Transportes) também teria direito a aposentadoria como ex-deputado estadual de Minas, mas, segundo sua assessoria, ainda está estudando se vai reivindicá-la. O valor não foi informado. Já Roberto Rodrigues (Agricultura) está, segundo sua assessoria, juntando os documentos para pedir aposentadoria no INSS por tempo de serviço. Ele é fazendeiro.
Veja também o especial Governo Lula
Ministros acumulam aposentadorias
EVANDRO SPINELLIda Folha de S.Paulo, em Brasília
Ao menos três membros do primeiro escalão do governo recebem aposentadorias da Previdência Social e vão acumular esses ganhos com seus salários de ministros ou secretários de Estado. Um deles recebe ainda aposentadoria do extinto IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também faz parte desse rol de aposentados que terão pelo menos dois vencimentos mensais pagos pelos cofres públicos. Lula é aposentado como anistiado político e recebe cerca de R$ 2.000 líquidos mensais do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O secretário de Comunicação de Governo, Luiz Gushiken, é aposentado pelo INSS como bancário e pelo IPC, por ter sido deputado federal por 12 anos. Os R$ 990 do INSS e os R$ 3.500 do IPC vão se somar aos R$ 8.000 que Gushiken receberá do governo.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, recebe R$ 900 do INSS como advogado e complementa esse valor com R$ 400 da Carteira de Previdência dos Advogados. E uma carteira de previdência privada lhe rende mais cerca de R$ 3.000 por mês.
Tarso Genro, secretário de Desenvolvimento Econômico e Social, tem uma aposentadoria, também como advogado, de R$ 500 mensais do INSS.
"Franciscanos"
Há, no entanto, os "franciscanos", como definiu um assessor. Quatro ministros afirmaram que têm direito a aposentadorias ou pensões, mas que abriram mão dos vencimentos.
O ministro das Cidades, Olívio Dutra, deixou o governo gaúcho em dezembro e, a partir deste mês, teria direito a receber uma pensão como ex-governador. No último dia 13 ele enviou uma carta ao governador Germano Rigotto (PMDB) e pediu que o subsídio seja suspenso enquanto ele ocupar um cargo no governo federal. Sua assessoria não informou o valor do salário.
Ciro Gomes (Integração Nacional) é outro nessa situação. De acordo com sua assessoria, ele nunca reivindicou e não pretende reivindicar o recebimento das três aposentadorias a que teria direito -como prefeito de Fortaleza, deputado estadual e governador do Ceará-, que lhe renderiam cerca de R$ 21 mil por mês.
A assessoria de imprensa de Antonio Palocci (Fazenda) informou que ele teria direito a aposentadorias como vereador e prefeito de Ribeirão Preto (SP), deputado estadual e deputado federal, mas abriu mão de todas elas.
Anderson Adauto (Transportes) também teria direito a aposentadoria como ex-deputado estadual de Minas, mas, segundo sua assessoria, ainda está estudando se vai reivindicá-la. O valor não foi informado. Já Roberto Rodrigues (Agricultura) está, segundo sua assessoria, juntando os documentos para pedir aposentadoria no INSS por tempo de serviço. Ele é fazendeiro.
Veja também o especial Governo Lula
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