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22/01/2003
-
08h15
da Agência Folha, em Curitiba
O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, disse considerar "normal" ser alvo de acusações e atribuiu supostas pressões para deixar o governo a setores "com interesses contrariados" por ele. Ele fez as declarações ontem no porto de Paranaguá (PR).
"Ele [o caso da CPI de Iturama] está [sendo comentado] por interesses outros que o atual ministro está contrariando dentro do ministério, e eu acho absolutamente normal", disse.
"A partir do momento que você tem um fato concreto, que é analisado e investigado pelo Ministério Público e o Tribunal de Justiça faz o julgamento e manda arquivar, não tem mais por que esse assunto ser comentado", afirmou.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais excluiu o ministro do processo que apura fraude de R$ 4 milhões supostamente praticada por empresários amigos seus em Iturama (MG), em 1996, por falta de provas da vinculação.
Sobre os interesses que poderia estar contrariando, Adauto disse acreditar que o Palácio do Planalto "tenha mais informações" do que ele. "Não tenho serviço de informações no meu ministério, mas tenho certeza de que o Planalto tem um à disposição."
Sobre o encontro que teria com Lula, Adauto negou a possibilidade de perder o ministério e disse: "O presidente da República me convidou e eu vou conversar com ele com toda a dignidade e toda a grandeza de alguém que não trabalhou e não lutou para ser ministro". Elevou o tom ao ser perguntado se poria o cargo à disposição. "Deixem eu explicar uma coisa: não trabalhei e não pedi para ser ministro. Muito pelo contrário".
Sobre o fato de ser amigo, ter recebido doações de campanha e ter nomeado como assessor um dos investigados em Iturama, Adauto disse que não poderia responder por atos de amigos e vizinhos. "A senhora responde pelos amigos todos que tem? Pelos vizinhos do condomínio? Se moro num condomínio e alguém pratica uma coisa errada, que culpa eu posso ter? Acredito que nenhuma."
Veja também o especial Governo Lula
Ministro dos Transportes acha normal ser alvo de acusações
MARI TORTATOda Agência Folha, em Curitiba
O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, disse considerar "normal" ser alvo de acusações e atribuiu supostas pressões para deixar o governo a setores "com interesses contrariados" por ele. Ele fez as declarações ontem no porto de Paranaguá (PR).
"Ele [o caso da CPI de Iturama] está [sendo comentado] por interesses outros que o atual ministro está contrariando dentro do ministério, e eu acho absolutamente normal", disse.
"A partir do momento que você tem um fato concreto, que é analisado e investigado pelo Ministério Público e o Tribunal de Justiça faz o julgamento e manda arquivar, não tem mais por que esse assunto ser comentado", afirmou.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais excluiu o ministro do processo que apura fraude de R$ 4 milhões supostamente praticada por empresários amigos seus em Iturama (MG), em 1996, por falta de provas da vinculação.
Sobre os interesses que poderia estar contrariando, Adauto disse acreditar que o Palácio do Planalto "tenha mais informações" do que ele. "Não tenho serviço de informações no meu ministério, mas tenho certeza de que o Planalto tem um à disposição."
Sobre o encontro que teria com Lula, Adauto negou a possibilidade de perder o ministério e disse: "O presidente da República me convidou e eu vou conversar com ele com toda a dignidade e toda a grandeza de alguém que não trabalhou e não lutou para ser ministro". Elevou o tom ao ser perguntado se poria o cargo à disposição. "Deixem eu explicar uma coisa: não trabalhei e não pedi para ser ministro. Muito pelo contrário".
Sobre o fato de ser amigo, ter recebido doações de campanha e ter nomeado como assessor um dos investigados em Iturama, Adauto disse que não poderia responder por atos de amigos e vizinhos. "A senhora responde pelos amigos todos que tem? Pelos vizinhos do condomínio? Se moro num condomínio e alguém pratica uma coisa errada, que culpa eu posso ter? Acredito que nenhuma."
Veja também o especial Governo Lula
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