Publicidade
Publicidade
22/01/2003
-
19h39
O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, disse hoje que, se for descoberta alguma irregularidade sobre a empresa CPA na qual ele esteja envolvido, ele terá que ter "desconfiômetro" e sair do governo. A empresa será investigada pelo Ministério Público de Minas Gerais.
"Eu tenho que ter a compreensão de que, se amanhã houver ligação concreta entre o ministro dos Transportes e a CPA, eu tenho que ter desconfiômetro", afirmou.
O ministro será exonerado no final do mês para assumir cargo de deputado federal. Sobre se voltará ao cargo após essa exoneração, Adauto disse: "A única certeza eu posso dar é que o caminho de ida tem que acontecer. O de volta depende do presidente [Lula]".
Questionado sobre se após as reuniões com Lula, na terça-feira, e José Dirceu (Casa Civil), hoje, ele estava seguro no cargo, o ministro disse que "o único cargo que dá segurança a um homem público é o mandato popular".
A CPA é uma empresa de consultoria que está citada em CPI da Câmara Municipal de Iturama (MG), em um esquema de desvio de verbas da prefeitura. O ministro é amigo de dois sócios da CPA, Sérgio José de Souza e Rômulo de Souza Figueiredo.
O ministro deixou claro, no entanto, que, para que ele peça demissão do cargo, seria preciso que ele estivesse ligado diretamente a alguma irregularidade na CPA, que vá além do fato de ser amigo dos donos.
"Por você ser amigo, você pode ser considerado culpado também?", disse, sobre a possibilidade de uma investigação que será aberta pelo Ministério Público de Minas Gerais sobre a CPA encontrar irregularidades nos contratos dessa empresa com prefeituras de Minas Gerais.
Lula confirmou Adauto no cargo na terça-feira à noite. "O presidente Lula age numa linha de confiança total com as pessoas que ele indicou", afirmou o ministro hoje. "O presidente foi solidário", disse.
Adauto informou ainda que pediu ao ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que algum órgão federal o investigue. Segundo o ministro, essa investigação foi descartada porque, além de ele ter apresentado sua defesa e já ter sido inocentado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, não houve desvio de verbas federais.
O ministro afirmou também que contratou um advogado para tratar das denúncias que envolvem desvio de dinheiro da prefeitura de Iturama e que, a partir de agora, será o advogado quem falará sobre esse assunto.
Adauto admite renunciar se for descoberto envolvimento em irregularidade
da Folha de S.Paulo, em BrasíliaO ministro dos Transportes, Anderson Adauto, disse hoje que, se for descoberta alguma irregularidade sobre a empresa CPA na qual ele esteja envolvido, ele terá que ter "desconfiômetro" e sair do governo. A empresa será investigada pelo Ministério Público de Minas Gerais.
"Eu tenho que ter a compreensão de que, se amanhã houver ligação concreta entre o ministro dos Transportes e a CPA, eu tenho que ter desconfiômetro", afirmou.
O ministro será exonerado no final do mês para assumir cargo de deputado federal. Sobre se voltará ao cargo após essa exoneração, Adauto disse: "A única certeza eu posso dar é que o caminho de ida tem que acontecer. O de volta depende do presidente [Lula]".
Questionado sobre se após as reuniões com Lula, na terça-feira, e José Dirceu (Casa Civil), hoje, ele estava seguro no cargo, o ministro disse que "o único cargo que dá segurança a um homem público é o mandato popular".
A CPA é uma empresa de consultoria que está citada em CPI da Câmara Municipal de Iturama (MG), em um esquema de desvio de verbas da prefeitura. O ministro é amigo de dois sócios da CPA, Sérgio José de Souza e Rômulo de Souza Figueiredo.
O ministro deixou claro, no entanto, que, para que ele peça demissão do cargo, seria preciso que ele estivesse ligado diretamente a alguma irregularidade na CPA, que vá além do fato de ser amigo dos donos.
"Por você ser amigo, você pode ser considerado culpado também?", disse, sobre a possibilidade de uma investigação que será aberta pelo Ministério Público de Minas Gerais sobre a CPA encontrar irregularidades nos contratos dessa empresa com prefeituras de Minas Gerais.
Lula confirmou Adauto no cargo na terça-feira à noite. "O presidente Lula age numa linha de confiança total com as pessoas que ele indicou", afirmou o ministro hoje. "O presidente foi solidário", disse.
Adauto informou ainda que pediu ao ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que algum órgão federal o investigue. Segundo o ministro, essa investigação foi descartada porque, além de ele ter apresentado sua defesa e já ter sido inocentado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, não houve desvio de verbas federais.
O ministro afirmou também que contratou um advogado para tratar das denúncias que envolvem desvio de dinheiro da prefeitura de Iturama e que, a partir de agora, será o advogado quem falará sobre esse assunto.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice