Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
24/01/2003 - 13h57

Berzoini rejeita "manipulação" no debate da reforma da Previdência

PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O ministro Ricardo Berzoini (Previdência) disse hoje que o governo não aceitará "qualquer tipo de sectarização, maniqueísmo ou tentativa de manipulação" no debate sobre a reforma da Previdência.

O recado do ministro foi dado durante a primeira reunião do Conselho Nacional de Previdência Social, que conta com a participação de representantes do governo, de aposentados, trabalhadores e empresários.

Segundo o ministro, o debate sobre a previdência do setor público será feito "com profundo respeito" e a informação será tratada da maneira mais transparente possível. Ele explicou que não permitir sectarização significa permitir o debate livre.

Ao apresentar um diagnóstico do sistema previdenciário brasileiro, o ministro destacou que a Previdência Social é fundamental do ponto de vista social, estratégico e econômico. Segundo ele, "a Previdência não será tratada do ponto de vista eminentemente fiscal" durante a reforma, e disse que o debate deverá abordar o papel social da Previdência.

"É bom iniciar o debate na reforma lembrando em que país estamos e qual o papel social da Previdência nesse país", afirmou o ministro referindo-se à "péssima distribuição de renda".

Berzoini destacou ainda que o Conselho Nacional de Previdência Social deverá ser "um fórum privilegiado" para o debate sobre a reforma. Ele anunciou durante a solenidade que o Ministério estuda a possibilidade de reativação dos conselhos estaduais para intensificar a fiscalização e a melhoria do atendimento dos usuários.

Ao defender o "amplo" debate sobre a reforma, Berzoini destacou que o governo se propõe a "abrir o debate sobre a reforma da Previdência sem posição pré-determinada, e quer discutir essa referência e qualquer outra proposta, qualquer outro argumento com o conjunto da sociedade".

Segundo o ministro, o Congresso Nacional também terá papel decisivo para votar as propostas de mudanças resultantes do "diálogo social", mas também na fase anterior à chegada da proposta ao Legislativo.

Ele defendeu o debate que será promovido nos próximos três meses, "para que não se tenha a arrogância de apresentar uma proposta ao Legislativo e acreditar que aquela possa ser a única proposta que possa ser boa para o país, Não adjetivaremos comportamentos ou posições", completou.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página