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23/03/2003
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09h48
"Nunca tínhamos comido verdura antes." O início do programa Fome Zero em Guaribas permitiu que isso acontecesse para Marilene Correia Rocha, 35, seu marido e nove filhos. O problema é que o regalo durou apenas oito dias.
Com a verdura se foram também o arroz e o óleo comprados com os R$ 50 recebidos do programa. Na última quinta-feira, na cozinha da casa de tijolos de barro em que moram, uma das filhas de Marilene ralava milho para misturar com o feijão e preparar a refeição que a família vem fazendo desde que os "acompanhamentos" acabaram. Marilene elogia o programa. "Tudo que vier está bom. Esses cinquenta eu recebo como mil reais."
A agricultora, que diz ter perdido "uma roça completa" de milho por causa da pouca chuva no início do ano, mostra com orgulho os quatro grandes sacos de feijão que guarda e diz que eles podem durar até 2004.
Diz admirar Lula e pede emprego. "Se o Lula me botar para varrer uma rua, eu aceito."
Na cidade em que a multiplicação do pão e dos peixes é realmente uma metáfora _não há nem um nem outro em Guaribas_ mora também Maria Vicença Martins da Rocha, 43, com seu marido Netan, 47, e três filhos. O feijão colhido na roça da família está espalhado no chão da casa. Com os R$ 45 recebido pelo Bolsa-Escola, compraram arroz e óleo, que, ela diz, "não duraram nem dez dias". Ela diz não desperdiçar. "Meu marido não bebe pinga. E eu não jogo dinheiro no lixo. Gasto com as crianças."
Novidade, verdura acaba após oito dias
da Folha de S.Paulo, em Guaribas"Nunca tínhamos comido verdura antes." O início do programa Fome Zero em Guaribas permitiu que isso acontecesse para Marilene Correia Rocha, 35, seu marido e nove filhos. O problema é que o regalo durou apenas oito dias.
Com a verdura se foram também o arroz e o óleo comprados com os R$ 50 recebidos do programa. Na última quinta-feira, na cozinha da casa de tijolos de barro em que moram, uma das filhas de Marilene ralava milho para misturar com o feijão e preparar a refeição que a família vem fazendo desde que os "acompanhamentos" acabaram. Marilene elogia o programa. "Tudo que vier está bom. Esses cinquenta eu recebo como mil reais."
A agricultora, que diz ter perdido "uma roça completa" de milho por causa da pouca chuva no início do ano, mostra com orgulho os quatro grandes sacos de feijão que guarda e diz que eles podem durar até 2004.
Diz admirar Lula e pede emprego. "Se o Lula me botar para varrer uma rua, eu aceito."
Na cidade em que a multiplicação do pão e dos peixes é realmente uma metáfora _não há nem um nem outro em Guaribas_ mora também Maria Vicença Martins da Rocha, 43, com seu marido Netan, 47, e três filhos. O feijão colhido na roça da família está espalhado no chão da casa. Com os R$ 45 recebido pelo Bolsa-Escola, compraram arroz e óleo, que, ela diz, "não duraram nem dez dias". Ela diz não desperdiçar. "Meu marido não bebe pinga. E eu não jogo dinheiro no lixo. Gasto com as crianças."
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