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03/04/2003 - 07h26

Votos da base aliada não garantem vitória

da Folha de S.Paulo, em Brasília

A análise do mapa da votação realizada ontem na Câmara mostra que, apesar de os governistas comemorarem como uma importante vitória os 442 votos favoráveis, o Palácio do Planalto não conseguiria aprovar nem uma lei complementar se contasse com o apoio apenas da base aliada.

Somados os votos de PT, PL, PSB, PPS, PDT, PTB, PC do B, PV e PMN, o governo conseguiria 246 votos, 11 a menos que o necessário para atingir a maioria absoluta dos 513 deputados, número necessário para a aprovação das leis complementares.

Já para os votos necessários para a aprovação de emendas à Constituição, que serão os meios de envio das reformas, o governo teria um "déficit" de 62 votos.

O agrupamento insuficiente para atingir a maioria se deve às ausências de alguns deputados aliados e ao fato de os 16 deputados do PDT, que pertencem à base, não terem votado com o governo.

Devido à pressão contrária do presidente nacional da legenda, Leonel Brizola, a bancada decidiu pela abstenção -15 deputados seguiram essa norma e um, Moisés Lipnik (RR), votou contra o governo.

As contas mostram que PMDB e PPB, que negociam a entrada na base governista, são peças fundamentais para que o governo garanta um número seguro para a aprovação das reformas.

O PMDB deu ontem ao governo 62 votos (quatro peemedebistas votaram contra), e o PPB, 41 (um deputado se absteve).

Somados esses votos aos da base aliada oficial, o governo alcançaria 349 votos, 41 a mais que o exigido para a aprovação das emendas constitucionais.

No PT, que passou as últimas semanas sob a ameaça de rebelião por parte dos radicais, os 87 presentes (de um total de 92) votaram favoravelmente à aprovação da PEC. As cinco ausências foram justificadas, segundo a liderança do partido.

O deputado Nelson Pellegrino (BA), líder da bancada petista, comemorava o fato de o partido ter votado unido, independentemente das turbulências anteriores: "Podemos ter jogado mal durante o treino, mas o que vale é o placar durante o jogo", afirmou.

Em relação à oposição, o PFL deu 67 votos favoráveis (de uma bancada de 77 deputados), um contra, e o PSDB acompanhou o governo com 52 votos favoráveis (de uma bancada de 61 deputados), com uma abstenção e um voto contrário.

O Prona, do deputado Enéas Carneiro (SP), que tem seis parlamentares na Câmara, votou em bloco contra o governo.
 

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