Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/12/2008 - 16h57

Tarso diz que prisão de magistrados no ES mostra que PF acabou com espetacularização

Publicidade

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O ministro Tarso Genro (Justiça) disse nesta terça-feira que a operação da Polícia Federal que prendeu o presidente do TJ (Tribunal de Justiça) do Espírito Santo, desembargador Frederico Pimentel, e mais sete pessoas mostra a sua isenção e também o fim do tom espetacular das ações policiais.

Tarso elogiou as prisões e afirmou que elas foram realizadas com conhecimento do Ministério Público e do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

"Posso dizer que é uma ação da Polícia Federal que vem de outras ações [da PF], que foi controlada rigorosamente pelo Ministério Público e trabalhada com o STJ", disse Tarso. "É um processo exemplar. Não houve especularidade. Depois daquele episódio negativo que tivemos, a Polícia Federal tem tido uma preocupação muito grande com o cumprimento do manual", disse.

Segundo Tarso, a operação realizada no Espírito Santo comprova que não há discriminação no cumprimento de mandados judiciais. Para o ministro, a Polícia Federal trata a todos de forma "igualitária".

"A Polícia Federal não tem critérios de classe nem do tratamento da burocracia no aparato do Estado, cumpre decisões do Supremo e trata todo mundo de forma igualitária, seja o que se refere à exposição pública, seja na forma que se refere à prisão, há uma súmula vigente, que determina a máxima de preocupação em relação ao uso da algema", afirmou o ministro.

Tarso se referiu ao episódio das prisões realizadas durante a Operação Satiagraha, que alguns dos acusados foram presos com algemas e filmados no momento do flagrante.

Denúncias

A operação da PF no Espírito Santo trata da suspeita de participação de magistrados num suposto esquema de venda e manipulação de sentenças em troca de favores e vantagens pessoais.

Foram presas sete pessoas: dois desembargadores, um juiz, dois advogados, a diretora de Distribuição do TJ-ES e um procurador.

As prisões fazem parte da Operação Naufrágio, que tenta cumprir 24 mandados de busca e apreensão no Espírito Santo. Os presos serão transferidos para Brasília, entre eles o desembargador Elpídio José Duque. Os nomes dos demais presos não foram divulgados porque o caso tramita em segredo de Justiça.

De acordo com a PGR (Procuradoria Geral da República), as prisões são resultado das investigações feitas no inquérito aberto pelo STJ que apura o suposto envolvimento de desembargadores, juízes, advogados e servidores públicos em crimes contra a administração pública e a administração da Justiça no Espírito Santo.

A principal acusação é que havia patrocínio e intermediação de interesses particulares em gestões no TJ-ES para obtenção de decisões favoráveis e outras facilidades que pudessem ser conseguidas por meio da interferência dos agentes públicos em troca de favores e vantagens pessoais.

Os policiais federais, nas investigações, levantaram ainda evidências de nepotismo no Tribunal de Justiça capixaba.

Comentários dos leitores
sérgio dourado (371) 02/02/2010 20h35
sérgio dourado (371) 02/02/2010 20h35
Mais uma vez se nota o papel do Estado brasileiro:onerar o povo com maiores impostos e prover os ricos com maiores salários..Ora,gosto de argumentar com fatos,e gostaria de saber em quanto o salário do povo em geral,em sua grande maioria,que é o salário mínimo,está defasado em relação ao que prega a Constituição e o que afirma o IPEA com seus dados alarmantes sobre a altíssima e "injusta" carga tributária brasileira:onde os ricos pagam menos impostos que os pobres.Agora estarão corretos os excelentíssimos ministros da Suprema Corte em exigiram uma correção do salário (em torno de 14%) maior que a própria inflação,enquanto o que prega a própria Constituição sobre a condição do salário mínimo servir à condições básicas que não dão nem pro começo de conversa?Onde está o sentimento de Justiça aí,onde o fosso entre ricos e pobres só aumenta?O roll que o Brasil pretende entrar,de país desenvolvido,está muito distante das atuais condições de mínima "equiparação salarial".Não defendo salários mais baixos para os ministros,mas salários mais justos para os mais pobres,e que pagam mais impostos sobre consumo básico do que os ricos em relação aos seus luxos e sua renda.Como ainda o "efeito cascata",é de se inimaginar o aumento do gasto do poder público com pagamento de pensão e penduricalhos para seus "altos" funcionários e outros que mamam nessa teta gorda..Pra que Lula?Precisamos é do povo gritar e se fazer escutar.Não com violência,ao contrário:com apelação às leis,queremos justiça... sem opinião
avalie fechar
Nivaldo Lacerda (113) 02/02/2010 17h26
Nivaldo Lacerda (113) 02/02/2010 17h26
Usando Martin Luther King
"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Um pais que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. "Meu Brasil, doce terra de liberdade, eu te canto.Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"E se o Brasil é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.E assim ouvirei o sino da liberdade em Brasilia e em todos os rincoes .E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia"
"Livre afinal, livre afinal.
SERA QUE ISSO VAI ACONTECER? SEM UMA GRANDE PARTICIPACAO DA POPULACAO? ACABANDO COM O DOMINIO DE CORONEIS E CARTEIS?
DA PRA PENSAR NISTO? NESTE MOMENTO E PURA UTOPIA.
sem opinião
avalie fechar
Rui Ruz Caputi Caputi (1958) 28/01/2010 14h22
Rui Ruz Caputi Caputi (1958) 28/01/2010 14h22
A CNJ dá um bom e didático exemplo para todos.
Quisera, todas as demais instituições publicas ou privadas seguissem seu padrão elevado.
2 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (2207)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página