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07/04/2003 - 13h47

Vice de Lula diz que "Brasil não vai tão bem assim"

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FELIPE FREIRE
da Folha Online

O vice-presidente da República, José Alencar, disse hoje, após a abertura de um seminário no TST (Tribunal Superior do Trabalho), que o "Brasil não vai tão bem assim" e que a economia brasileira precisa de ajustes.

As declarações de Alencar se contrapõem às de Lula, que na semana passada considerou a queda do risco-país, que voltou a ficar abaixo dos 1.000 pontos, e a baixa do dólar, como o fim das piores turbulências na economia.

"O Brasil não vai tão bem assim. Nós temos que fazer alguma coisa para ajustar a economia brasileira, para que ela volte a crescer, gerando empregos e distribuindo renda", disse Alencar.

Além de Lula, o ministro Antonio Palocci (Fazenda) disse na semana passada que a queda dos indicadores econômicos era resultado da "persistência e firmeza do presidente na condução da política econômica.

Reforma trabalhista

Outra receita dada por Alencar foi a promoção da reforma trabalhista. As
alterações nas leis do trabalho aumentariam a competitividade das empresas e diminuiria os custos do emprego, de acordo com Alencar. Apesar da importância dada ao assunto, a proposta do governo ainda não começou a ser debatida.

O ministro Jaques Wagner (Trabalho) afirmou que o compromisso do ministério é o de enviar um projeto fechado sobre as relações trabalhistas até o final do ano. O debate sobre as mudanças a serem propostas pelo governo deve começar a partir de maio, após o envio ao Congresso Nacional das reformas previdenciária e tributária.

Desde o começo do ano, o governo já passou por polêmicas relacionadas à
reforma das leis trabalhistas. Um dos assuntos foi o fim da multa de 40%
sobre o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) em caso de demissões.

Outro assunto difícil para o governo é proposta de suspensão da contribuição sindical compulsória. Jaques Wagner afirmou que o futuro da contribuição sindical não será decisão do governo. A atribuição será do Fórum Nacional do Trabalho, que tem a participação de empresários e trabalhadores.

O presidente do TST, ministro Francisco Fausto, afirmou que o fim da multa geraria taxas maiores de desemprego, porque a medida diminuiria os custos para as empresas demitirem seus funcionários. Entretanto, disse ser a favor da suspensão da contribuição sindical.
 

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