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07/04/2003
-
20h26
Em seu segundo pronunciamento em rede nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço de seus primeiros cem dias de governo. Ele admitiu que o Fome Zero teve alguns topeços no início, "mas que um programa complexo implica em várias mudanças estruturais".
Em pouco mais de oito minutos, Lula recorreu a um estilo semelhante ao da campanha eleitoral para dizer que o Brasil tem hoje um "governo diferente" e que os brasileiros precisam saber que o "que pensa seu presidente em cada momento da vida".
O presidente falou que assumiu o governo diante de uma grave crise econômica. "Todos vocês sabem que a economia vivia um momento dramático". Lula disse ainda que foi obrigado a tomar medidas amargas, como aumentar juros e cortar despesas.
Lula evitou fazer críticas diretas à gestão de FHC, mas não perdeu a oportunidade de dizer que "não se trata de jogar a culpa em alguém, mas de deixar bem claro como recebemos o país".
Leia os principais trechos:
Remédio amargo
Sobre o aumento de juros e cortes de despesas, Lula disse que as decisões lhe custaram algumas noites de sono, mas que o sacrifício não está sendo em vão. "O dólar caiu, o risco Brasil caiu mais da metade, a inflação está caindo, os títulos brasileiros lá fora recuperaram muito do seu valor e o crédito externo para as nossas empresas já está de volta".
"Foi um remédio amargo? Eu sei que foi. Mas, para mudar o país, de verdade, muitas vezes o remédio amargo é a única alternativa"
Lula disse que mostrou ao mundo que seu governo tem um programa sério e responsável. "Mostrei que o Brasil é o país do carnaval e do futebol, sim, e com muito orgulho, mas que somos, também, o país da indústria, da agricultura, do comércio e do turismo".
Salário mínimo
Lula retomou sua promessa de dobrar o poder de compra do salário mínimo até o final de seu governo.
Sobre o reajuste para R$ 240, Lula disse que "é o máximo que a prudência e a cautela me recomendavam".
Fome Zero e tropeços
O presidente disse que o Fome Zero é o maior programa contra a fome que já foi feito no Brasil. "É verdade que tivemos alguns tropeços no início, mas este é um programa complexo, que implica várias mudanças estruturais no país. É por isso que nunca foi feito antes".
Reformas
Lula reafirmou que as reformas previdenciária e tributária estão sendo encaminhadas ainda este mês ao Congresso Nacional, e que por meio delas será possível "corrigir distorções, combater a corrupção e incentivar o desenvolvimento, única forma de gerar os empregos de que tanto precisamos"
Apoio à indústria nacional
Lula fez críticas aos processos de concorrência as plataformas P-51 e P-52, iniciadas no governo FHC. "É esse tipo de mudança que quero para o nosso país. Mudança de atitude, mudança de mentalidade do Poder Público, que pode e deve ajudar a construir um país mais forte, mais competitivo".
Obras paradas
Lula classificou de verdadeiro absurdo "os milhões de reais gastos em estradas, pontes, viadutos e túneis, alguns quase prontos". Ao prometer acabar com a prática de deixar obras paradas, o presidente disse vai retomar obras importantes dos governos anteriores.
Segurança Pública
Ao defender seu plano nacional de segurança pública, Lula disse que enviou medida provisória para aumentar o efetivo da Polícia Federal de 7 mil agentes para 11 mil e 500 policiais federais em todo o país.
Despedida
Ao se despedir, Lula disse que está muito otimista com o futuro do país. "O mundo inteiro acha que estamos no caminho certo".
Leia mais
Leia a íntegra do pronunciamento
Em rede nacional, Lula diz que faz um governo diferente e admite tropeços
da Folha OnlineEm seu segundo pronunciamento em rede nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço de seus primeiros cem dias de governo. Ele admitiu que o Fome Zero teve alguns topeços no início, "mas que um programa complexo implica em várias mudanças estruturais".
Em pouco mais de oito minutos, Lula recorreu a um estilo semelhante ao da campanha eleitoral para dizer que o Brasil tem hoje um "governo diferente" e que os brasileiros precisam saber que o "que pensa seu presidente em cada momento da vida".
O presidente falou que assumiu o governo diante de uma grave crise econômica. "Todos vocês sabem que a economia vivia um momento dramático". Lula disse ainda que foi obrigado a tomar medidas amargas, como aumentar juros e cortar despesas.
Lula evitou fazer críticas diretas à gestão de FHC, mas não perdeu a oportunidade de dizer que "não se trata de jogar a culpa em alguém, mas de deixar bem claro como recebemos o país".
Leia os principais trechos:
Remédio amargo
Sobre o aumento de juros e cortes de despesas, Lula disse que as decisões lhe custaram algumas noites de sono, mas que o sacrifício não está sendo em vão. "O dólar caiu, o risco Brasil caiu mais da metade, a inflação está caindo, os títulos brasileiros lá fora recuperaram muito do seu valor e o crédito externo para as nossas empresas já está de volta".
"Foi um remédio amargo? Eu sei que foi. Mas, para mudar o país, de verdade, muitas vezes o remédio amargo é a única alternativa"
Lula disse que mostrou ao mundo que seu governo tem um programa sério e responsável. "Mostrei que o Brasil é o país do carnaval e do futebol, sim, e com muito orgulho, mas que somos, também, o país da indústria, da agricultura, do comércio e do turismo".
Salário mínimo
Lula retomou sua promessa de dobrar o poder de compra do salário mínimo até o final de seu governo.
Sobre o reajuste para R$ 240, Lula disse que "é o máximo que a prudência e a cautela me recomendavam".
Fome Zero e tropeços
O presidente disse que o Fome Zero é o maior programa contra a fome que já foi feito no Brasil. "É verdade que tivemos alguns tropeços no início, mas este é um programa complexo, que implica várias mudanças estruturais no país. É por isso que nunca foi feito antes".
Reformas
Lula reafirmou que as reformas previdenciária e tributária estão sendo encaminhadas ainda este mês ao Congresso Nacional, e que por meio delas será possível "corrigir distorções, combater a corrupção e incentivar o desenvolvimento, única forma de gerar os empregos de que tanto precisamos"
Apoio à indústria nacional
Lula fez críticas aos processos de concorrência as plataformas P-51 e P-52, iniciadas no governo FHC. "É esse tipo de mudança que quero para o nosso país. Mudança de atitude, mudança de mentalidade do Poder Público, que pode e deve ajudar a construir um país mais forte, mais competitivo".
Obras paradas
Lula classificou de verdadeiro absurdo "os milhões de reais gastos em estradas, pontes, viadutos e túneis, alguns quase prontos". Ao prometer acabar com a prática de deixar obras paradas, o presidente disse vai retomar obras importantes dos governos anteriores.
Segurança Pública
Ao defender seu plano nacional de segurança pública, Lula disse que enviou medida provisória para aumentar o efetivo da Polícia Federal de 7 mil agentes para 11 mil e 500 policiais federais em todo o país.
Despedida
Ao se despedir, Lula disse que está muito otimista com o futuro do país. "O mundo inteiro acha que estamos no caminho certo".
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