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09/04/2003 - 09h00

"Ilusão vence esperança", diz PSDB

da Folha de S.Paulo, em Brasília

No mais duro ataque ao PT desde o encerramento da campanha eleitoral, o PSDB divulgou ontem a visão do partido sobre os cem dias de governo na qual diz que "a ilusão está vencendo a esperança" e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "rasgou seu programa de governo e abraçou de corpo e alma uma agenda que estava perdida, para ser mais conservador que os conservadores do FMI".

Trata-se de uma referência ao aumento da meta de superávit primário para 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto), adotado por iniciativa do governo. "Se não é para atender ao FMI, então, por que tanto sacrifício imposto ao povo brasileiro?", questiona o documento tucano.

O texto aponta o que seriam incoerências entre as promessas de campanha e o que está sendo feito, questionando: "Se houvesse um índice de estelionato eleitoral?". E chega a falar em "custo-Lula". "É o preço que o país está pagando pela aventura eleitoral do PT para chegar ao governo, que votou contra as reformas propostas e ainda lutou para derrubá-las na Justiça, que prometeu na campanha entregar o que não podia, não pode e não poderá."

O documento tucano tem um título irônico: "Informe 13", alusão ao número do PT nas cédulas eleitorais. Os dados foram coligidos pela assessoria do PSDB, formada por técnicos que trabalharam no governo Fernando Henrique Cardoso ou na elaboração do programa de governo do candidato tucano José Serra.

Os tucanos contestam o autoproclamado sucesso do governo na queda da cotação do dólar e na diminuição do risco Brasil. "O câmbio e o risco-país melhoraram em relação à situação que apresentavam ao final da campanha eleitoral, e não antes desta."

E convidam à reflexão: "Não estarão os "radicais" [do PT] sendo apenas coerentes e Lula sendo radical na incoerência?".

O PSDB ataca também o aumento do salário mínimo, quando o valor da cesta básica sofreu uma variação superior em São Paulo. "Um trabalhador que ganha um salário mínimo compra menos com o primeiro salário de Lula do que comprava com o último aumento dado por FHC."

"Aliás, o presidente Lula se esqueceu de pedir desculpas ao trabalhador, na mesma forma que sugeriu ao seu antecessor", diz.

Os tucanos apontam para o índice de 11,6% do desemprego para cobrar a principal promessa de campanha de Lula: a criação de empregos. Atacam o "empreguismo para os militantes do partido cuja multiplicação de ministérios é apenas uma fachada".

Na área social, os tucanos dizem que o Fome Zero tem "erro fatal de concepção: confundir falta de renda com falta de alimento".
 

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