Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/04/2003 - 07h47

Lula pede "empurrão" da sociedade para gastar o previsto no Orçamento

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Às vésperas de completar cem dias de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou ontem da burocracia, pediu à sociedade que "empurre" o governo e disse que não pode se "dar ao luxo" de não gastar o que está previsto no Orçamento.

Em evento com cerca de 600 pessoas, segundo o Palácio do Planalto, para o lançamento da Conferência Nacional das Cidades, Lula anunciou R$ 5,3 bilhões para financiar a construção, compra e reforma de moradias.

Lula criticou o governo FHC ao dizer que, dos R$ 262 milhões previstos para saneamento em 2002 pela CEF, só R$ 19 milhões foram gastos. A crítica serviu também como recado para a equipe econômica, que resiste a flexibilizar as regras para gastos em saneamento, medida defendida pela CEF. "Uma coisa é gastar mais do que se arrecada, outra é não gastar o pouco que se tem em caixa quando a população precisa disso para viver com um mínimo de condições dignas."

Até 28 de março, o atual governo havia pago só 0,18% do total de investimento previsto para 2003. Nos dois primeiros meses, economizou R$ 16,084 bilhões -um superávit primário de 6,6% do PIB (Produto Interno Bruto). O superávit é a economia feita para pagar os juros da dívida. A meta para 2003 é 4,25% do PIB.

Reconhecendo a lentidão da burocracia federal, Lula pediu aos movimentos sociais que "empurrem" e cobrem o governo, "porque a máquina é muito grande".

Lula disse ainda que a cobrança deve ser feita até com "cara feia" do governo. "Às vezes, uma coisa que poderia ser resolvida hoje, entre um papel daqui, um papel dali, um telefonema acolá, demora semanas. E, se vocês não estiverem cobrando, a gente acha até que já está resolvido."
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página