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13/04/2003
-
05h57
O governo Luiz Inácio Lula da Silva, passados cem dias de mandato, começa a definir sua cara, diferente daquela mostrada nos palanques. Se, na política econômica, o PT promete radicalizar o ajuste fiscal do governo Fernando Henrique Cardoso, na política social, a idéia agora é levar adiante uma obra que o antecessor não conseguiu concluir.
Ao definir as novas linhas da política econômica depois da campanha eleitoral e dar prioridade a um intenso e duradouro ajuste nas contas públicas, o ministro Antonio Palocci Filho também indicou mudanças na área social do governo.
O documento divulgado na última quinta-feira pelo Ministério da Fazenda deixa claro que a prioridade nessa área deve ser o combate à pobreza e à desigualdade social e não especificamente à fome, como pretendia a distribuição de comida e o benefício do cartão-alimentação, vinculado à compra de alimentos.
"É necessário que os benefícios de uma política social sejam de fato capazes de transformar as condições de vida dos beneficiários, auxiliando ou dando a oportunidade de que as famílias pobres necessitam para sair da pobreza", diz o documento "Política Econômica e Reformas Estruturais".
Ao projetar que o Brasil deverá manter uma economia de gastos equivalente ao superávit fiscal deste ano (4,25% do PIB) por pelo menos nove anos até estabilizar o tamanho da dívida pública, o documento deixa claro que a política social do governo Lula terá de lidar com dinheiro escasso.
O maior problema não é a falta de recursos, mas o gasto mal feito, insiste o governo. Palocci reitera a urgência de os programas sociais ajustarem o foco e passarem a contar com sistema de avaliação.
Além de um forte ajuste nas contas públicas, a "nova" política econômica busca no aumento do comércio externo o meio para reduzir a vulnerabilidade da economia brasileira. Não há novas metas de exportação nem menção à redução das importações, mas o governo indica a possibilidade de incentivar setores da economia por meio de política industrial.
Para compensar os efeitos recessivos do ajuste nas contas públicas, o governo se compromete a estimular o microcrédito para os pobres, além de buscar baratear o custo dos financiamentos.
Prioridade é pobreza, diz documento do governo
da Folha de S.PauloO governo Luiz Inácio Lula da Silva, passados cem dias de mandato, começa a definir sua cara, diferente daquela mostrada nos palanques. Se, na política econômica, o PT promete radicalizar o ajuste fiscal do governo Fernando Henrique Cardoso, na política social, a idéia agora é levar adiante uma obra que o antecessor não conseguiu concluir.
Ao definir as novas linhas da política econômica depois da campanha eleitoral e dar prioridade a um intenso e duradouro ajuste nas contas públicas, o ministro Antonio Palocci Filho também indicou mudanças na área social do governo.
O documento divulgado na última quinta-feira pelo Ministério da Fazenda deixa claro que a prioridade nessa área deve ser o combate à pobreza e à desigualdade social e não especificamente à fome, como pretendia a distribuição de comida e o benefício do cartão-alimentação, vinculado à compra de alimentos.
"É necessário que os benefícios de uma política social sejam de fato capazes de transformar as condições de vida dos beneficiários, auxiliando ou dando a oportunidade de que as famílias pobres necessitam para sair da pobreza", diz o documento "Política Econômica e Reformas Estruturais".
Ao projetar que o Brasil deverá manter uma economia de gastos equivalente ao superávit fiscal deste ano (4,25% do PIB) por pelo menos nove anos até estabilizar o tamanho da dívida pública, o documento deixa claro que a política social do governo Lula terá de lidar com dinheiro escasso.
O maior problema não é a falta de recursos, mas o gasto mal feito, insiste o governo. Palocci reitera a urgência de os programas sociais ajustarem o foco e passarem a contar com sistema de avaliação.
Além de um forte ajuste nas contas públicas, a "nova" política econômica busca no aumento do comércio externo o meio para reduzir a vulnerabilidade da economia brasileira. Não há novas metas de exportação nem menção à redução das importações, mas o governo indica a possibilidade de incentivar setores da economia por meio de política industrial.
Para compensar os efeitos recessivos do ajuste nas contas públicas, o governo se compromete a estimular o microcrédito para os pobres, além de buscar baratear o custo dos financiamentos.
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